"Segundo período começa hoje com os problemas que tinha no primeiro"
A Federação Nacional dos Professores vai reunir ainda esta semana com o Governo, no âmbito de uma avaliação do primeiro período letivo. Fenprof deixa, mais uma vez, severas críticas ao Ministério da Educação, mas espera "reabrir linhas de diálogo" com a tutela e "desbloquear processos negociais".
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País FENPROF
A Fenprof anunciou, esta segunda-feira, que irá reunir com o Ministério da Educação esta semana, dia 7 de janeiro, no âmbito da avaliação do primeiro período letivo, tendo como objetivo "colocar problemas concretos que necessitam de solução, em alguns casos urgente" e "projetar o futuro de uma área que tem importância maior", mas que tem "merecido, do Governo, atenção e investimentos menores".
"O segundo período começa hoje com os problemas que tinha no primeiro. (...) Nada foi feito durante a interrupção letiva para resolver problemas que afetaram as escolas ao longo do primeiro período letivo", refere a Federação Nacional dos Professores, numa nota enviada esta manhã às redações.
Entre os vários "problemas" pendentes identificados, a força sindical destacou, primeiramente, questões relacionadas com a pandemia: "Apesar de os casos de infeção terem surgido em mais de um milhar de estabelecimentos e de a Assembleia da República ter aprovado uma resolução que recomenda a criação de um programa para a realização de testes à Covid-19 gratuitos, abrangendo toda a comunidade escolar, as condições em que as escolas funcionavam (falta de distanciamento físico nas salas de aula, insuficiência das operações de limpeza e desinfeção por falta de pessoal auxiliar, entre outras) mantêm-se inalteradas e, quanto aos testes, não se conhece qualquer programa que esteja prestes a avançar".
Mas, para além de questões relacionadas com a crise pandémica, a Fenprof voltou a frisar que, quanto à falta de professores nas escolas "não há qualquer novidade" e acusou a tutela de, através de protocolos, de recorrer "a docentes aposentados e até a indivíduos não qualificados", quando se esperava que criasse condições para que as escolas recebessem os/as docentes que abandonaram a profissão e/ou rejeitaram colocações em horários com baixo número de horas".
A federação lembrou ainda que o relatório realizado pelo Conselho Nacional de Educação, recentemente divulgado, sobre o Estado da Educação no país voltou a alertar para problemas "como o envelhecimento dos docentes e a falta de atratividade da profissão", que continuam, igualmente, "a não merecer a atenção de um ministério que se limita a gerir, e mal, o dia a dia, impondo regras em domínios que deveriam ser competência das escolas e desresponsabilizando-se daquelas que deveriam ser suas".
A reunião está prevista para 11h30 desta quinta-feira em Caparide, em São Domingues de Rana, Cascais.
"A Fenprof espera encontrar disponibilidade do Ministério da Educação para reabrir linhas de diálogo que, há muito, fechou e desbloquear processos negociais que, em alguns casos, ilegalmente, não têm existido", é concluído na referida nota.
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