Acórdão do jovem que esfaqueou colegas marcado para fevereiro
O Tribunal de Família e Menores de Sintra marcou para 04 de fevereiro a leitura do acórdão do jovem que esfaqueou quatro pessoas numa escola em Massamá, quando pretendia imitar um massacre, indicou hoje o advogado do menor.
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País Massamá
Em declarações à agência Lusa, Pedro Proença, explicou que a data foi hoje agendada, após as alegações finais que, à semelhança de todo o julgamento, decorreram à porta fechada.
O advogado explicou que o magistrado do Ministério Público (MP) "deixou cair a questão do terrorismo e as 66 tentativas de homicídio" - crimes pelos quais o jovem era suspeito, segundo o despacho de promoção judicial do MP -, tendo o procurador defendido que o menor apenas praticou três crimes de homicídio tentado e três crimes de ofensas corporais.
De acordo com Pedro Proença, o MP "não especificou nem quantificou" nenhuma pena, pedindo antes que qualquer medida que venha a ser aplicada "tem de ser revista com assiduidade, para que o menor tenha contacto com a família e a sociedade", além de "ter de ser adaptada ao momento e ao processo de recuperação do menor".
O advogado defendeu, por seu lado, que, na eventualidade de ser aplicada uma medida de internamento, o menor seja colocado num centro educativo próximo da residência dos pais.
Pedro Proença pediu ainda que, numa fase inicial, o menor, de uma forma monitorizada e controlada, possa passar os fins de semana com os pais, na condição de que a medida seja revista regularmente com o objetivo de alargar o período de permanência com a família.
Segundo o despacho de promoção judicial do Ministério Público (MP), o jovem é suspeito da prática dos crimes de terrorismo, de tentativa de homicídio, ofensas à integridade física e posse de arma ilegal. O MP pede como "medida definitiva o internamento em regime fechado durante 30 meses".
A 14 de outubro, o jovem, com duas facas de cozinha e um 'spray' de gás pimenta na mochila, segundo a PSP, terá feito explodir um 'very light' num dos pavilhões da Escola Secundária Stuart Carvalhais, provocando a saída dos alunos das aulas e começando a esfaqueá-los.
Na ocasião, fonte policial adiantou à agência Lusa que o jovem, que acabou por esfaquear três colegas e uma funcionária, pretendia "imitar um massacre e matar, pelo menos, 60 pessoas", de acordo com uma folha A4 que se encontrava na mochila do menor quando este foi detido.
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