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Ambientalistas dizem que no passadiço de Angeiras há "pilares suspensos"

O estado do passadiço da Praia de Angeiras, em Matosinhos, "piorou e está a chegar ao ponto mais crítico", havendo "pilares suspensos", denunciou hoje à Lusa o presidente da Associação Década Reversível (ADERE), Humberto Silva.

Ambientalistas dizem que no passadiço de Angeiras há "pilares suspensos"
Notícias ao Minuto

16:10 - 23/12/20 por Lusa

País Matosinhos

Eoutubro, aquela associação alertou que a estrutura estava "em risco" devido à erosão costeira provocada pela construção do quebra-mar daquela zona piscatória, reclamando, por isso, a "reposição urgente de areias".

Dois meses depois, o estado do passadiço está a "chegar ao ponto mais crítico", assinalou o dirigente.

Humberto Silva acrescentou ter "alertado a DGRM [Direção-Geral dos Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos] para esta situação", mas que "até agora nada foi feito", razão pela qual a situação se "está a agravar".

Neste cenário, o responsável da ADERE pede "celeridade para que o problema não fique fora de controlo".

"O passadiço está a ficar suspenso e, portanto, pode ruir e pôr em causa os utilizadores", sublinhou Humberto Silva, que acompanha a denúncia com uma fotografia onde se vêm pilares de sustentação do passadiço sem areia na sua base.

Esta situação é consequência da construção do Portinho de Angeiras, que arrancou em 2017 neste concelho do distrito do Porto, e que afetou a dinâmica sedimentar normal daquela praia, explicou, em outubro, o dirigente da ADERE.

A construção do Portinho de Angeiras, num investimento de 4,2 milhões de euros, arrancou em maio de 2017.

Na apresentação do projeto, a antiga ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, anunciou que a empreitada implica a edificação de um molhe de abrigo da zona piscatória, a requalificação do posto de controlo e transferência de pescado e a construção de um canal e rampa de acesso à zona piscatória.

Angeiras é uma comunidade piscatória tradicional, sendo a pesca ou as atividades relacionadas fontes de emprego e de rendimento das famílias.

À Lusa, fonte da Câmara da Matosinhos afirmou que a responsabilidade do passadiço é da Agência Portuguesa do Ambiente, que "está a desenvolver um procedimento para implementar medidas de contenção da areia".

"A câmara cortou o acesso para que as pessoas não corram riscos, mas a responsabilidade é da APA", acrescentou.

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