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Mais uma denúncia de violência no SEF. “Socos, pontapés. Um mata-leão"

Cidadão cabo-verdiano garante que foi algemado a um carrinho de bagagens e arrastado até ao avião.

Mais uma denúncia de violência no SEF. “Socos, pontapés. Um mata-leão"
Notícias ao Minuto

22:10 - 19/12/20 por Notícias Ao Minuto

País SEF

Egídio Pina é apenas um dos vários cidadãos que, nos últimos dias, têm denunciado à comunicação social portuguesa agressões por parte de inspetores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

Desde que a morte violenta de Ihor Homeniuk eclodiu que surgiram vários os relatos de agressões protagonizadas no centro de detenção do SEF, no Aeroporto de Lisboa.

O caso de Egídio, um cabo-verdiano de 54 anos, remonta a 29 de novembro de 2019, dia em que foi expulso de Portugal, onde vivia há quase 20 anos.

À SIC, o cidadão queixou-se que foi brutalmente agredido por quatro inspetores que o terão algemado a um carrinho de bagagens e arrastado, desta forma, até ao avião.

Tudo terá começado quando os inspetores o foram buscar à cadeia de Alcoentre, onde cumpria sete anos de prisão por tráfico de droga. Apesar de os ter informado que tinha uma providência cautelar pendente e uma queixa no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, que poderia anular a pena de expulsão, Egídio afirma que de nada valeu. Forçaram-no a embarcar rumo a Cabo Verde.

Antes de o arrastarem até ao avião, com “mãos, pernas, pés” algemados a um carrinho de bagagem, Egídio garante que foi violentamente agredido. “Bateram-me, bateram-me. Socos, pontapés. Puseram-me tipo um mata-leão. Puseram-me a perna, o meu pescoço ficou entre a perna dele. Ele pressionava, eu abria outra vez. Outros estavam ali ao pé a socar-me e ele também a dar-me socos na cara”, descreveu Egídio ao canal de televisão.

De acordo com o Expresso, o caso de Egídio está a ser investigado pelo Ministério Público (MP).

Recorde-se que, confrontado com as várias denúncias que têm surgido na comunicação social, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, decidiu alargar o inquérito à morte de Ihor Homeniúk, de forma a abranger mais casos.

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