FNE dá nota negativa ao Governo pela gestão da pandemia nas escolas

A prestação do Governo na gestão da pandemia da covid-19 nas escolas mereceu hoje nota negativa da Federação Nacional da Educação (FNE), que num balanço do 1.º período acusa a tutela de agir como se estivesse tudo normal.

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Lusa
18/12/2020 14:17 ‧ 18/12/2020 por Lusa

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Covid-19

"Não se entende, como a FNE tem vindo a denunciar, que neste contexto o Ministério da Educação continue a pensar, ou pelo menos a agir, como se estivéssemos a viver um período normal, sem que sejam adotadas as medidas excecionais que a situação anormal que vivemos está a exigir", lamentou a estrutura sindical em comunicado.

O balanço negativo da prestação da tutela durante o 1.º período do ano letivo, que termina hoje, foi enviado ao Ministério da Educação numa mensagem em que a FNE insiste na necessidade de uma reunião antes do início do 2.º período.

Preocupados com a evolução da pandemia, os representantes dos professores e trabalhadores das escolas recordam alguns dos problemas sentidos nas escolas durante os últimos três meses, como a falta de profissionais e a sobrecarga horária dos docentes.

"É preciso que as escolas estejam dotadas dos técnicos especializados, dos assistentes técnicos e dos assistentes operacionais que assegurem o funcionamento de todos os serviços que as escolas devem pôr à disposição dos seus alunos neste contexto e com as especiais exigências que nestas circunstâncias uma escola inclusiva deve garantir", explicam.

Relativamente à questão do sobretrabalho, a federação defende que os professores possam dedicar-se em exclusivo ao trabalho com os alunos e, por isso, sejam dispensados de trabalhos de outro tipo.

"A FNE insiste na necessidade de se garantir que os docentes possam estar exclusivamente investidos naquilo que é o nuclear da sua atividade e que é o seu trabalho com os alunos", referem, apontando também a necessidade de encontrar soluções para os alunos que continuam, ao final de um período letivo, sem aulas.

No lado oposto à prestação negativa do executivo, a FNE sublinha a "forma extraordinária" como os profissionais das escolas se adaptaram ao novo contexto.

"Educadores, professores e trabalhadores não docentes têm respondido com um empenho assinalável às novas condições em que tem sido necessário trabalhar nas nossas escolas", elogiam, argumentando que este esforço, além de merecer um reconhecimento formal da tutela, merece também respostas do Governo aos problemas das escolas.

Leia Também: Pandemia levou alunos da sala de aulas para um ecrã em quatro dias

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