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"Portugueses receiam infeção por Covid-19 nos transportes públicos"

A conclusão é de um estudo partilhado, esta terça-feira, pela DECO.

"Portugueses receiam infeção por Covid-19 nos transportes públicos"
Notícias ao Minuto

10:21 - 15/12/20 por Filipa Matias Pereira

País Covid-19

A DECO concluiu, com base num inquérito à mobilidade em tempos de pandemia, que os "portugueses receiam a infeção por Covid-19 nos transportes públicos".

Considerando que os resultados "não oferecem grande surpresa", a DECO explica que as conclusões são inclusivamente "transversais" a outros países onde o inquérito foi conduzido sob a alçada da Organização Europeia de Consumidores e do International Consumer Research and Testing.

Os 11.273 inquiridos, dos quais 1.014 portugueses, "têm uma forte perceção de risco de infeção nos transportes públicos" seja nas pequenas ou nas grandes viagens.

Nesta amostra, os portugueses e os italianos mostraram-semais receosos que os restantes inquiridos, já que 80% temem usar os transportes.

Os dados partilhados no portal da DECO revelam que 68% dos portugueses inquiridos têm receio de usar transportes públicos, 47% de usar plataformas de partilha de carro, 46% de usar táxi ou plataformas de carro com condutor e 36% de recorrer a outras formas de mobilidade partilhada.

A DECO acredita que na base destes indicares poderão estar os boletins diários sobre a pandemia, as manchetes dos média, a desinformação na Internet, as diretrizes das autoridades e, "acima de tudo, a doença, o desemprego e a falta do contacto social que têm construído, desde o início da pandemia, um contexto de medo a que é difícil escapar".

Este inquérito, que foi enviado em finais de outubro, abrangeu a população dos 18 aos 74 anos.

O estudo permitiu ainda perceber que os inquiridos têm receio de frequentar espaços públicos. Os resultados são categóricos: "Eventos em recintos fechados são receados por 79% dos participantes, enquanto bares e ginásios inspiram temor a 73%".

Quando em questão estão eventos ao ar livre, restaurantes, centros comerciais, hostels e guest houses, metade dos inquiridos manifestou receio.

O inquérito sugere que, mesmo depois da pandemia, estes receios podem tardar a dissipar-se. "Uma parte dos inquiridos revela que irá deixar de usar transportes públicos, frequentar restaurantes ou fazer viagens turísticas, em Portugal ou no estrangeiro", indica a DECO.

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