Meteorologia

  • 25 ABRIL 2024
Tempo
18º
MIN 13º MÁX 19º

"Hoje é, simultaneamente, um dia de tristeza e um dia de orgulho"

Presidente da República recebeu, este domingo em Belém o diretor nacional da Polícia de Segurança Pública (PSP). Um dos temas abordados foi a morte do agente atropelado esta madrugada em Évora.

"Hoje é, simultaneamente, um dia de tristeza e um dia de orgulho"
Notícias ao Minuto

19:44 - 13/12/20 por Melissa Lopes

País PSP

O diretor nacional da PSP, Magina da Silva, considerou que hoje é um dia, simultaneamente, de tristeza e de orgulho, referindo-se à morte do agente que foi mortalmente atropelado em Évora depois de intervir numa situação de violência doméstica. 

"Hoje, simultaneamente, é um dia de tristeza mas também de orgulho. É um dia de tristeza porque um de nós tombou no cumprimento da missão. Mas também é um dia de orgulho porque um polícia que estava fora de serviço que, pelo apelo da missão, interveio para defender a integridade física de uma cidadã no âmbito de um crime de violência doméstica", afirmou o responsável, em declarações aos jornalistas após a audiência com o Presidente da República. 

O agente em causa "honrou o juramento que todos os polícias fazem - em situações limite dar a própria vida e necessário for. Estamos todos orgulhosos do comportamento do nosso camarada", enalteceu Magina da Silva, assegurando todo o apoio necessário à família do agente. 

Questionado sobre os antecedentes criminais do agressor, um guarda prisional de 52 anos,  o responsável da PSP não quis "entrar em detalhes do inquérito criminal", uma vez que este está a cargo da Polícia Judiciária. "Os factos foram que um polícia fora de serviço presenciou uma agressão a uma senhora e interveio para que a agressão cessasse e, nessa tentativa, foi atropelado, aparentemente, de forma intencional. Está detido e indiciado pelo crime de homicídio", resumiu. 

Magina da Silva disse ser uma  "grande frustração"  enquanto órgão de polícia criminal e força de segurança "não conseguirmos baixar o número de mulheres que morrem no âmbito da violência doméstica". 

O crime de violência doméstica "é um crime que nos aflige muito" e que é "muito difícil de prevenir e de intervir sobre ele, até porque são, muitas vezes, questões do coração e não da razão, praticado em ambiente fechado e no domicílio", afirmou. 

Os suspeitos de violência doméstica "estarem referenciados [como seria o caso deste agressor], estarem em liberdade ou não, não é uma questão que diga respeito à PSP", defendeu ainda, explicando que esta força de segurança é apenas "uma peça numa engrenagem" que faz a sua função, que é "sinalizar e, sempre que há condições para tal legalmente admissíveis, proceder à detenção" dos suspeitos. Depois, "há toda uma máquina que tem outras funções", sublinhou. 

O diretor nacional da PSP explicou aos jornalistas que a audiência com o Presidente já estava marcada e que tinha como objetivo fazer o balanço do ano. Do lado do Presidente, o responsável recebeu "palavras de ânimo e de reconhecimento pelo trabalho que a PSP tem desempenhado e desempenhou neste último ano", contou. 

Recomendados para si

;
Campo obrigatório