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MAI acompanha inquérito a alegadas agressões a ucraniano numa esquadra

O Ministério da Administração Interna (MAI) determinou a abertura de um processo administrativo de acompanhamento ao inquérito da PSP à queixa de alegadas agressões numa esquadra da Póvoa de Varzim. Informação foi avançada pela tutela numa nota enviada às redações este sábado.

MAI acompanha inquérito a alegadas agressões a ucraniano numa esquadra
Notícias ao Minuto

19:59 - 12/12/20 por Melissa Lopes com Lusa

País MAI

"O Ministro da Administração Interna determinou hoje a abertura de um processo administrativo de acompanhamento, por parte da Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI), ao inquérito da Polícia de Segurança Pública que averigua a queixa de alegadas agressões a um cidadão de nacionalidade ucraniana numa esquadra da Póvoa de Varzim", informa o Governo, numa nota enviada este sábado às redações.

"Este processo administrativo de acompanhamento permite à IGAI acompanhar o evoluir do inquérito da PSP e avocá-lo, caso entenda justificado", acrescenta, sem adiantar quaisquer outros pormenores. 

Contactada pelo Notícias ao Minuto, a Direção Nacional da PSP adiantou que o caso se refere ao cidadão que foi detido pela por conduzir com 2,56g/l de taxa de alcoolemia na madrugada de 06 de dezembro, em Vila do Conde, e que, no dia seguinte, apresentou denúncia alegando ter sido "violentado". O cidadão ucraniano de 48 anos apresentou queixa contra vários agentes da esquadra da PSP de Póvoa de Varzim por agressão, perseguição e racismo.

Em comunicado hoje divulgado, a PSP revelou que a detenção ocorreu à 1h38 após o veículo, que circulava sem as luzes ligadas, ter sido mandado parar. Apercebendo-se os agentes, na abordagem, do "comportamento" e "odor exalado", o condutor foi então submetido a teste de alcoolemia.

O referido teste, prossegue a nota de imprensa, registou uma taxa de "2,56g/l, o que constitui a prática de crime, nos termos do Código de Estrada", tendo ainda apurado a PSP que o cidadão fora "anteriormente detido pelos mesmos motivos".

Após lhe ter sido dada ordem de detenção pelo crime de condução sob o efeito de álcool, pois apresentava uma taxa "superior a 1.20g/l", o condutor "tentou sair da instalação policial e reagiu de forma agressiva contra os polícias, quando foi impedido de o fazer", acrescenta a PSP, detalhando que procedeu "à sua restrição e algemagem".

Cerca das 03h45, depois de "notificado para comparecer em tribunal e demais procedimentos que decorrem da detenção", o homem "saiu livremente da instalação policial, tendo prescindido de contacto com os familiares e defensor, bem como de observação médica", continua o comunicado.

No dia 7 de dezembro, pelas 12h55, numa esquadra do Comando Metropolitano do Porto, o homem apresentou "uma denúncia contra os polícias que o detiveram no dia anterior, por alegado uso excessivo de força", revela a PSP.

Dessa denúncia, prossegue a Polícia, "foi elaborado o respetivo auto que, como decorre da lei, foi remetido à autoridade judiciária competente" e "instaurado um inquérito, pelo Comando Metropolitano do Porto, para apuramento dos factos e dos contornos da ocorrência registada", pode ler-se ainda.

Ao Jornal de Notícias, a advogada do queixoso disse que Valery Polosenko foi agredido no interior da esquadra, tendo ficado com dois dentes partidos e com escoriações na boca, no tórax e nos braços. As lesões foram confirmadas por uma perícia realizada ao imigrante no Instituto de Medicina Legal.

[Notícia atualizada às 20h45]

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