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"Nenhum residente em território português ficará sem vacina"

O Secretário de Estado e Adjunto da Saúde garantiu, esta quinta-feira, que nenhum residente em território português irá ficar sem vacina contra a Covid-19. No entanto, alertou que a população deve manter cautelas e prevenção contra o vírus ainda durante algum tempo, uma vez que "não nos vacinamos todos ao mesmo tempo".

"Nenhum residente em território português ficará sem vacina"
Notícias ao Minuto

23:19 - 03/12/20 por Melissa Lopes

País Covid-19

No dia em que foi apresentado o plano nacional de vacinação contra a Covid-19, o secretário de Estado e Adjunto da Saúde, António Lacerda Sales, garantiu que "nenhum cidadão residente em território português ficará sem vacina", avisando, no entanto, que é preciso manter os comportamentos de prevenção de contágio da doença durante algum tempo, até que toda a população esteja imunizada. 

Neste momento, "a principal preocupação deste Governo é percorrer o túnel para chegar a essa luz que é uma luz de esperança", disse o governante em entrevista à TVI24, caracterizando a estratégia hoje apresentada como um plano "robusto, estruturado, flexível e que se vai adaptando ao conhecimento". "Tem todas as características para ser um plano que vai correr bem", assinalou. 

Lacerda Sales reconheceu que "as expectativas são altas", e, por isso mesmo, "é importante dizermos que essas expectativas devem ser cautelosas". E que "as pessoas não pensem que logo que se começam a vacinar podem libertar os seus comportamentos".

O governante reforçou que a mensagem do túnel, hoje utilizada por António Costa na apresentação do plano, é "importante". O Governo pretende transmitir uma "mensagem de cautela e de precaução para que, de facto, as pessoas percebam que apesar de serem vacinadas e de adquirirem a sua imunidade, haverá durante algum tempo que manter a prevenção". Até porque, explicou, "não nos vacinamos todos ao mesmo tempo,  vamos vacinar-nos gradualmente, progressivamente, com serenidade e tranquilidade". 

Quanto ao processo, que pode sofrer alterações porque está dependente de autorizações concedidas às vacinas, Lacerda Sales frisou que "há um mecanismo de grande segurança que foi um caminho que percorremos com a UE desde junho". "Há muito trabalho já feito (...) e estarmos hoje em condições de poder fazer as nossas aquisições, cerca de 22 milhões de doses, de seis vacinas diferentes", destacou. 

Detalhando a concretização do plano de vacinação, o secretário de Estado referiu que há dois tipos de populações. As institucionalizadas nos lares, nos hospitais e etc - vacinadas nesses locais - e a restante população. Quanto a esta última, a vacinação irá ser feita nos postos dos centros de saúde. Os utentes serão contactados para agendar a administração da vacina. Quem não tiver médico de família, deve tomar a iniciativa de contactar o centro de saúde da sua zona.  "Nenhum residente em território português ficará sem vacina, isso é uma garantia", assegurou Lacerda Sales. 

Questionado sobre se os pontos de vacinação poderão ser alargados, o secretário de Estado disse que, "numa primeira fase, o Serviço Nacional de Saúde, por uma questão de articulação, coordenação e monitorização, é quem assegurará os pontos de vacinação". O que, "não quer dizer que, com caminho feito, lá mais para a frente, numa fase em que é mais difícil de gerir pela abundância, não possam existir outros pontos de vacinação de proximidade", como por exemplo em escolas, pavilhões e farmácias. 

Numa fase de vacinação em massa, sublinhou, "tudo poderá vir a acontecer, é um processo que terá de ser devidamente ponderado". "Neste momento estamos muito concentrados em que nas primeiras fases, o SNS seja de facto o foco e é através dos pontos de vacinação do SNS que vamos vacinar", frisou o governante. 

Nesta entrevista, Lacerda Sales afirmou ainda que "se for necessário obviamente haverá reforço", acrescentando que as próprias instituições têm a capacidade para contratar em função da necessidade e procura". "Temos um sistema organizado em cascata, através das administrações regionais de saúde, dos ACS, dos hospitais que nos permite ter um processo bem organizado. Temos um histórico de vacinação que nos orgulha a todos. Vamos aproveitar a nossa experiência", fez sobressair. 

Esclareceu ainda que quem administra a vacina são profissionais de saúde. "Temos cerca de 40 mil enfermeiros, vamos usar toda a nossa capacidade, e, se for necessário, reforçaremos", declarou, transmitindo uma mensagem de confiança e de tranquilidade. 

Consulte aqui o Plano de Vacinação Covid-19

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