"Só temos um planeta e gosto muito dele… Não temos outro lugar para ir"
O Tribunal dos Direitos Humanos deu 'luz verde' a uma ação de seis crianças e jovens portugueses por motivos climáticos contra 33 países europeus, incluindo Portugal. Processo está a ser destacado na imprensa estrangeira.
© Getty Images
Um grupo de seis crianças e jovens portugueses, com idades compreendidas entre os 8 e os 21 anos, ultrapassou um primeiro obstáculo numa ação por motivos climáticos que interpôs contra 33 países da Europa, incluindo Portugal. A ação, que conta com o apoio da organização não-governamental Global Legal Action Network (GLAN), recebeu ‘luz verde’ do Tribunal dos Direitos Humanos, sediado em Estrasburgo.
Um passo importante, uma vez que a grande maioria das ações climáticas interpostas não chegam a esta fase. Por esse motivo, este desenvolvimento no processo e a ação dos seis portugueses está a ser destacada na imprensa estrangeira.
Deste grupo de jovens, dois vivem em Lisboa e quatro em Leiria, uma das regiões mais afetadas pelos incêndios florestais que “mataram mais de 120 pessoas em 2017", conforme referiram na acusação.
A NBC News falou com um dos requerente desta ação legal com motivações climáticas, André Oliveira, de 12 anos de idade. “Só temos um planeta e eu gosto muito dele… Não temos outro lugar para ir. As alterações climáticas são um assunto que me traz muita ansiedade e medo, porque não sei se a minha geração vai ter a mesma vida que esta geração teve”, realçou o jovem.
André Oliveira acrescentou que este processo judicial pretende encorajar os “países a fazerem melhor e agirem corretamente. Ao meio norte-americano, o jovem referiu ainda que se a sua ação falhar, há outros como ele que “vão tentar”.
A irmã de André, Sofia, de 15 anos, é outra das requerentes deste processo. Assinala à NBC News que há “cada vez mais pessoas a apoiá-los”. “Há esperança… Juntos somos fortes e podemos fazer a diferença”, constatou. Entre as principais inspirações desta jovem, estão a ativista Greta Thunberg e David Attenborough.
O grupo de seis portugueses já conseguiu angariar cerca de 25 mil euros através de crowdfunding para cobrir as despesas legais do processo que interpôs.
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