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Eduardo Lourenço: Ferro enaltece quem melhor refletiu identidade nacional

O presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, manifestou hoje "grande consternação" com a morte do ensaísta Eduardo Lourenço, considerando que foi "quem melhor refletiu a identidade nacional" e "sobre o que é ser português".

Eduardo Lourenço: Ferro enaltece quem melhor refletiu identidade nacional
Notícias ao Minuto

10:57 - 01/12/20 por Lusa

País Óbito

"Recebo, com grande consternação, a notícia do falecimento de Eduardo Lourenço, aos 97 anos. Eduardo Lourenço foi, sem dúvida, quem melhor refletiu a identidade nacional, sobre o que é ser português, sobre o que nos diferencia enquanto cidadãos e enquanto povo à escala universal", refere Ferro Rodrigues, numa nota enviada à agência Lusa.

Na perspetiva do presidente da Assembleia da República, o ensaísta e filósofo "deixa um legado que vai muito além da vasta obra publicada, traduzindo-se na intervenção de toda uma vida nas áreas da educação, da cultura e da cidadania, justamente reconhecida por inúmeros prémios e condecorações".

Ferro Rodrigues destaca o seu ingresso de Eduardo Lourenço, "de forma tão simbólica", no Conselho de Estado, por indicação do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, em 2016.

"Portugal perde hoje o Professor e filósofo, o crítico e ensaísta; a Lusofonia uma das suas maiores referências intelectuais. À sua Família e Amigos endereço, em meu nome e no da Assembleia da República, as mais sentidas condolências", lamenta Ferro Rodrigues.

Eduardo Lourenço, de 97 anos, morreu hoje, em Lisboa, confirmou à agência Lusa fonte da Presidência da República.

Professor, filósofo, escritor, crítico literário, ensaísta, interventor cívico, várias vezes galardoado e distinguido, Eduardo Lourenço foi um dos pensadores mais proeminentes da cultura portuguesa.

Eduardo Lourenço Faria nasceu em 23 de maio de 1923, em S. Pedro do Rio Seco, no concelho de Almeida, no distrito da Guarda.

Licenciado em Ciências Histórico-Filosóficas, na Universidade de Coimbra, em 1946, aí inicia o seu percurso, como assistente e como autor, com a publicação de "Heterodoxia" (1949).

Seguir-se-iam as funções de Leitor de Cultura Portuguesa, nas universidades de Hamburgo e Heidelberg, na Alemanha, em Montpellier, na França, e no Brasil, até se fixar na cidade francesa de Vence, em 1965, com atividade pedagógica nas principais universidades francesas.

Autor de mais de 40 títulos, possuiu desde sempre "um olhar inquietante sobre a realidade", como destacaram os seus pares.

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