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Governo pede a médicos de saúde pública para ficarem no Baixo Alentejo

O secretário de Estado da Saúde disse hoje que foi pedido aos dois únicos médicos de saúde pública do Baixo Alentejo que estão de saída para ficarem na região durante o estado de emergência devido à covid-19.

Governo pede a médicos de saúde pública para ficarem no Baixo Alentejo
Notícias ao Minuto

17:12 - 27/11/20 por Lusa

País Covid-19

"Sempre que houver situações em que [médicos] por qualquer motivo peçam mobilidade, temos [Ministério da Saúde] que mobilizá-los para ficarem durante esta fase do estado de emergência", afirmou António Lacerda Sales, referindo que isto "foi o que foi feito" em relação aos dois médicos de saúde pública da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA).

António Lacerda Sales falava aos jornalistas na Base Aérea n.º 11, em Beja, onde, acompanhado pelo secretário de Estado Adjunto e da Defesa Nacional, Jorge Seguro Sanches, visitou um centro de acolhimento para infetados com o vírus da covid-19.

Na terça-feira, em declarações à Lusa, a presidente da ULSBA, Conceição Margalha, disse que esta entidade, que integra o hospital de Beja e os centros de saúde de 13 dos 14 concelhos do distrito de Beja, corre risco de ficar sem médicos de saúde pública se não for possível substituir os atuais que estão de saída.

Segundo a responsável, atualmente, a Unidade de Saúde Pública da ULSBA tem três médicos, nomeadamente dois especialistas em saúde pública e uma interna em formação na especialidade.

Os dois médicos especialistas candidataram-se a um concurso de mobilidade e ficaram colocados na Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo, para onde vão ser transferidos, explicou.

Se os dois especialistas não forem substituídos, a terceira médica interna não poderá continuar na ULSBA sem tutor e terá de sair para continuar a formação na especialidade noutra unidade de saúde, acrescentou.

António Lacerda Sales explicou que há um despacho do Ministério da Saúde que o autoriza a impedir, "só durante o estado de emergência", a mobilidade de profissionais de saúde, "médicos essencialmente", para outros serviços.

"Não queremos interferir na vida pessoal das pessoas", frisou, explicando que o que o ministério pede aos profissionais de saúde é "alguma compreensão" para que se mantenham nos serviços atuais "durante esta fase mais difícil da pandemia e do estado de emergência" e "depois, com certeza, terão oportunidade de fazer a sua vida livremente".

O secretário de Estado da Saúde frisou que os recursos humanos em saúde pública não abundam", nomeadamente nos territórios de baixa densidade, como o Alentejo, onde a situação se agrava-se, porque "há uma maior dificuldade em fixar esses recursos".

"O que o Governo pode garantir é que, através de todos os meios legais e no quadro legal que tem, fará todos os possíveis para fixar e manter os que já cá estão e também criar obviamente incentivos para outros que possam vir, não só de saúde pública, falo de todos os recursos na saúde", afirmou.

António Lacerda Sales disse que o Alentejo, no âmbito do plano de expansão da capacidade laboratorial nacional para testes de diagnóstico do vírus da covid-19, beneficiou de um investimento de mais de 787 mil euros, 109 mil dos quais foram para a ULSBA.

Segundo o secretário de Estado, devido à covid-19, já foram contratados 54 profissionais de saúde para reforçar a ULSBA, que também está "a reestruturar e a adequar" a Unidade de Cuidados Intensivos do hospital de Beja "para uma resposta mais adequada" à pandemia.

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