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Autarca do Porto considera "dramática" situação do setor da restauração

O presidente da Câmara do Porto afirmou hoje que a situação no setor da restauração e similares é "completamente dramática" e que são "necessários mais apoios", considerando que antes de março ou abril "dificilmente as circunstâncias voltam ao normal".

Autarca do Porto considera "dramática" situação do setor da restauração
Notícias ao Minuto

17:23 - 13/11/20 por Lusa

País Covid-19

"Aquilo que se passa neste setor é uma situação completamente dramática, estamos a falar de dezenas de milhares de postos de trabalho perdidos ou em vias de ser perdidos, medidas de financiamento que foram dadas a pequenas empresas que não resolvem nada, apenas adiam o problema", afirmou Rui Moreira.

O autarca, que esteve presente na manifestação do movimento "A pão e água", que reuniu mais de mil empresários do setor da restauração, bares, discotecas, cultura e organização de eventos e originou momentos de tensão com a PSP, afirmou que "são precisos mais apoios".

"Depende muito de quanto tempo esta situação vai demorar, mas se nós razoavelmente fizermos a previsão que, antes de março ou abril as dificilmente as circunstancias voltam ao normal, acho que são precisos mais apoios", referiu, defendendo que "desta vez" o apoio deve ter por base a faturação e realidade das empresas.

"Tem de ser financiamento direto às empresas, um pouco como, alias, na quinta-feira já foi anunciado pelo primeiro-ministro. Tem de ser em função daquilo que era a faturação das empresas e a realidade das empresas", disse o independente Rui Moreira.

E acrescentou: "Quando me dizem que isto não se aplica a empresas que têm dividas à segurança social, peço desculpa estas empresas têm dividas à segurança social porque tiveram de pagar ao pessoal. Diria que aqui tem de ser empresas que em março e abril estavam em dia com a sua segurança social e impostos".

Questionado sobre os apoios por parte da autarquia, Rui Moreira disse que a mesma já tinha anunciado a isenção de taxas e licenças até ao final do próximo ano.

"Estamos a pensar em fim de 2021 da isenção de taxas e licenças. Também tivemos durante muito tempo a isenção total de pagamento aqueles que são inquilinos municipais, neste momento, está a 50% e admitimos passar a 100% se for caso disto", revelou.

Questionado ainda sobre o dever de recolher obrigatório, Rui Moreira não se quis pronunciar, dizendo apenas que a autarquia tentou "sempre fazer o contrário".

"Depois das medidas tomadas, manda quem pode, obedece quem deve. Da parte da cidade, tentamos sempre fazer o contrário, alargar os horários naquilo que nos era permitido", afirmou.

Hoje, cerca de mil empresários da restauração, bares, discotecas e similares juntaram-se na Avenida dos Aliados na manifestação "A Pão e Água" contra as novas restrições na restauração no combate à pandemia

O país está em estado de emergência desde 09 de novembro e até 23 de novembro, período durante o qual há recolher obrigatório nos concelhos de risco de contágio mais elevado e municípios vizinhos. A medida abrange 114 concelhos, número que passa a 191 a partir de segunda-feira.

Durante a semana, o recolher obrigatório tem de ser respeitado entre as 23:00 e as 05:00, enquanto nos fins de semana a circulação está limitada entre as 13:00 de sábado e as 05:00 de domingo e entre as 13:00 de domingo e as 05:00 de segunda-feira.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.294.539 mortos em mais de 52,7 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 3.250 pessoas dos 204.664 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

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