SEF: Quatro detidos por auxílio à imigração ilegal e falsificação
Empresa, alegadamente, com recurso às redes sociais, angariava clientes "moradores em outros países europeus, prometendo-lhes a obtenção facilitada de títulos de residência em Portugal".
© Global Imagens
País Coroa Branca
Quatro pessoas - um cidadão português e três cidadãos estrangeiros - foram detidas e outras seis foram constituídas arguidas indiciados pela prática dos crimes de auxílio à imigração ilegal, falsificação de documentos e falsas declarações, revela, esta terça-feira, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
No âmbito da operação 'Coroa Branca', o SEF realizou buscas às "instalações de uma empresa de consultadoria de imigração que, alegadamente, com recurso às redes sociais, angariava clientes, na sua maioria indostânicos [região que inclui parte da Índia e do Paquistão], moradores em outros países europeus, prometendo-lhes a obtenção facilitada de títulos de residência em Portugal", aponta a Autoridade num comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso.
Foi também recolhida prova relativa "à possível obtenção fraudulenta de centenas de atestados de residência" - "todos emitidos por uma Junta de Freguesia de Lisboa" - e comprovativos de obtenção de Número de Identificação Fiscal para cidadãos estrangeiros não residentes. Havia ainda recurso a serviços de uma cidadã nacional que "figurava como representante fiscal". Foi ainda apreendida "importante quantia" em dinheiro.
Neste esquema, prossegue o SEF, a promessa de regularização em Portugal "não passou nunca de um logro", aponta, uma vez que "nenhum dos clientes da empresa viu sequer iniciado um processo de regularização para atribuição de autorização de residência".
Foi ainda detetado pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteira "um possível novo modus operandi, relacionado com o processo de Brexit", em que os representantes da empresa prometiam a obtenção de um Certificado de Residência para cidadão comunitário, "que supostamente ajudaria a manter a liberdade de circulação em espaço Schengen, após a conclusão do processo de saída do Reino Unido". Eram cobradas, alegadamente, quantias entre os dois e os cinco mil euros a cada uma das pessoas.
A investigação do SEF foi iniciada em 2019 e prossegue os seus termos.
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