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Comerciantes de Alfama manifestam-se para exigir apoios do Governo

Empresários e colaboradores da restauração do bairro lisboeta de Alfama manifestam-se na quarta-feira junto à Assembleia da República, reclamando apoios ao Governo tendo em conta a pandemia covid-19 e as novas medidas do estado de emergência.

Comerciantes de Alfama manifestam-se para exigir apoios do Governo
Notícias ao Minuto

14:02 - 10/11/20 por Lusa

País Covid-19

Em declarações à Lusa, a presidente da Associação de Comerciantes do Bairro de Alfama, Maria Argentina, explicou que a manifestação prende-se com as dificuldades que, sobretudo, o setor da restauração está a enfrentar devido à covid-19 e à falta de apoios por parte do Estado.

"Tem a ver com a falta de apoio que os restaurantes de Alfama têm sentido por parte do Governo. Temos pedido [ajudas] à Câmara [Municipal de Lisboa] e zero. Sabemos que vem uma verba grande lá de fora e até agora não nos chegou nada", afirmou 'Tininha' de Alfama, como é conhecida.

A empresária acusa o Governo de só ajudar com moratórias que, apesar de serem ajudas, "não ajudam em nada".

"Só querem que a gente vá à banca pedir apoios, mas não há fundo de maneio para depois pagar as moratórias", reconheceu.

Maria Argentina, que é proprietária de uma casa de fado em Alfama, contou que está no ramo da restauração "há mais de 30 anos" e que já deu a ganhar muito dinheiro ao Estado com o pagamento de impostos.

"Agora tem de ajudar", reclamou, adiantando que, até ao momento, ainda não despediu nenhum dos seus empregados, mas que se mantém sem clientes.

Maria Argentina criticou ainda a medida do estado de emergência que obriga ao recolhimento obrigatório a partir das 13:00 ao fim de semana, considerando que sábado era um dia em "que ainda se fazia alguma coisa de faturação".

"Sabemos que o mundo está assim, não é só por aqui. Mas há colegas meus que já fecharam as portas e psicologicamente também não estão a aguentar", desabafou.

"Só pedimos ajuda. Até apresentamos um projeto para uma aldeia de natal com luzinhas e a câmara negou, depois vou à Baixa e está tudo iluminado, não se percebe", acrescentou.

Os 121 concelhos de maior risco de contágio pelo novo coronavírus têm medidas específicas, como a proibição de circulação na via pública entre as 23:00 e as 05:00 nos dias de semana e aos fins de semana a partir das 13:00.

Nestes concelhos, entre os quais Lisboa, os restaurantes têm de encerrar às 22:30 durante a semana (os estabelecimentos que funcionam exclusivamente para entregas ao domicílio podem encerrar à 01:00, mas não podem fornecer bebidas alcoólicas).

As medidas aplicadas aos 121 concelhos afetam 7,1 milhões de pessoas, correspondente a 70% da população de Portugal, dado que os 121 municípios incluem todos os concelhos das áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto.

O estado de emergência está em vigor até às 23:59 do dia 23 de novembro.

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