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Há 148 reclusas infetadas na prisão de Tires, mais 40

Subiu para 148 o número de reclusas infetadas pelo novo coronavírus no estabelecimento prisional de Tires.

Há 148 reclusas infetadas na prisão de Tires, mais 40
Notícias ao Minuto

19:26 - 09/11/20 por Notícias Ao Minuto com Lusa

País Coronavírus

Há, neste momento,  no Estabelecimento Prisional feminino de Tires, mais 40 reclusas infetadas (148 no total), e mais cinco guardas prisionais, duas enfermeiras (mais uma), um auxiliar de cozinha, e duas crianças, filhas de reclusas, que também testaram positivo.

A informação foi avançada pela SIC Notícias e confirmada, entretanto, à agência Lusa pelo Ministério da Justiça que informou que a Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) recebeu hoje os resultados finais dos testes à Covid-19 a todos os trabalhadores e reclusas de Tires.

"Estes resultados permitem dizer que no Estabelecimento Prisional de Tires há 148 reclusas positivas à Covid-19, duas crianças que se encontram com as suas mães e oito trabalhadores (cinco guardas prisionais, dois profissionais de saúde e um auxiliar de cozinha de empresa externa)", adianta um comunicado do MJ.

Informa ainda o ministério de Francisca Van Dunem que, "as reclusas positivas, genericamente assintomáticas, foram afetadas a um Pavilhão do Estabelecimento Prisional de Tires onde permanecerão em isolamento, separadas da restante população prisional, e sob vigilância e acompanhamento, permanente (24 horas), de pessoal clínico do Hospital Prisional que foi para o efeito convocado".

"As duas crianças que acusaram positivo, e se encontram assintomáticas, estão na companhia das mães neste pavilhão que foi destinado ao acompanhamento e vigilância médica dos casos positivos à Covid 19, tendo igualmente seguimento pediátrico", acrescenta-se.

O MJ adianta que a formação escolar e profissional, o trabalho e as visitas estão suspensos na prisão de Tires, estando as reclusas a "usufruir do tempo de recreio previsto na lei", organizado em grupos, para garantir o distanciamento físico, e com uso de máscara.

"A experiência já adquirida pela DGRSP demonstra que é durante o gozo do pátio a céu aberto que o risco de contágio se avoluma, pelo que é necessária especial cautela no usufruto deste inalienável direito dos reclusos", lê-se no comunicado.

Mantém-se o acesso a cabines telefónicas, higienizadas após cada utilização, as refeições estão a ser servidas já empratadas nas celas para evitar ajuntamentos nos refeitórios.

Ainda segundo o MJ, perante a "necessidade profilática" de encerrar as cantinas provisoriamente, "foi organizado um esquema alternativo de requisição de artigos por parte das reclusas que estão já a ser disponibilizados".

"Em articulação com as autoridades de saúde pública proceder-se-á, nos próximos dias, a nova testagem das reclusas do Estabelecimento Prisional de Tires que agora acusaram ser negativos. A DGRSP, controlado o surto, reitera estar a dispensar a todas as reclusas os cuidados necessários a garantir o seu mais rápido restabelecimento", conclui o comunicado.

Esta informação surge depois de esta manhã, no Parlamento,  a ministra da Justiça ter garantido que estamos perante "um surto localizado que está a ser tratado com as medidas definidas". A ministra Van Dunem destacou, aliás, que os estabelecimentos prisionais estiveram "quase sete meses sem surtos" e que "os serviços prisionais adotaram um plano de contingência muito rigoroso".

De referir que até agora, o estabelecimento prisional feminino de Tires tinha 128 reclusas infetadas, além de seis guardas e uma enfermeira que também estão a cumprir o isolamento. Números que, segundo a SIC Notícias, subiram ao final da tarde desta segunda-feira.

No domingo, a Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados manifestou-se preocupada com a violação de direitos das reclusas, referindo a falta de acesso a produtos de higiene íntima, falta de material de limpeza de celas, atrasos de horas nas refeições e negação de acesso dos advogados às reclusas, algo que a DGRSP negou, garantindo o cumprimento dos direitos das reclusas.

Já hoje, a União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) considerou inaceitável a situação dizendo que houve "grave negligência das autoridades prisionais neste estabelecimento", insistindo nas falhas já apontadas pela Ordem dos Advogados.

[Notícia atualizada às 20h40]

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