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Portugal acompanha "de perto" evolução da segurança na Costa do Marfim

O embaixador de Portugal no Senegal disse hoje estar a acompanhar "de perto" a evolução das condições de segurança na Costa do Marfim, onde residem cerca de 300 portugueses, nas vésperas das eleições presidenciais de sábado.

Portugal acompanha "de perto" evolução da segurança na Costa do Marfim
Notícias ao Minuto

14:25 - 29/10/20 por Lusa

País Presidenciais

Em declarações à agência Lusa, por telefone a partir de Dacar, Vítor Sereno, que é também embaixador não-residente na Costa do Marfim, adiantou que, apesar da contestação e os apelos ao boicote por parte da oposição, as eleições, previstas para o próximo sábado, 31 de outubro, deverão realizar-se.

"No entanto, não podemos excluir a ocorrência de focos localizados de distúrbios na ordem pública no dia das eleições e nos dias subsequentes. Apesar de considerarmos que estes possíveis distúrbios serão localizados, estamos naturalmente preparados, em articulação com os nossos parceiros da União Europeia, para acompanhar de perto o evoluir da situação e principalmente as condições de segurança da comunidade", disse Vitor Sereno.

O diplomata adiantou que atualmente há 295 portugueses inscritos na secção consular de Dacar, no Senegal, como sendo residentes na Costa do Marfim.

Vítor Sereno adiantou que, nas últimas semanas, tem estado em "contacto diário" com a Costa do Marfim, através de dois representantes da comunidade, e recomendou aos portugueses que mantenham a calma, cumpram as orientações das autoridades locais e evitem ajuntamentos populares, além de se manterem em contacto com a embaixada.

De acordo com o embaixador, a comunidade está a viver estes dias com "um misto de resiliência e prudência".

"Dos contactos diários que temos mantido, avaliamos que estão bem informados sobre o que fazer nos vários cenários possíveis. São obviamente cidadãos responsáveis, informados e em constante contacto com os serviços consulares", disse.

"Existe naturalmente alguma preocupação e algum receio de que a situação possa evoluir negativamente nos planos social e empresarial", acrescentou.

Recordou, neste contexto, que há "grandes empresas portuguesas no terreno" e "grandes investimentos" realizados no país, dando como exemplos a Mota-Engil, a Bial ou as Águas de Portugal.

"Os canais de comunicação com a embaixada são, portanto, essenciais para manter a calma e as necessárias trocas de informação", referiu.

Cerca de 7,5 milhões de costa-marfinenses vão no sábado às urnas numa eleição marcada por receios de regresso da violência e que deverá ser boicotada pela oposição, que contesta a recandidatura do Presidente cessante, Alassane Ouattara.

Desde agosto, altura em que Ouattara anunciou a sua recandidatura, vários incidentes e confrontos causaram já cerca de 30 mortes, reforçando os receios de uma escalada de violência étnica, dez anos após a crise pós-eleitoral de 2010 de que resultaram 3.000 mortos.

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