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Depressão Bárbara: ANEPC registou 654 ocorrências, nenhuma delas grave

O ministro da Administração Interna fez, ao início da tarde desta terça-feira, um balanço sobre a passagem da depressão Bárbara em Portugal e que coloca hoje oito distritos sob aviso vermelho. Proteção Civil tem 11 distritos em alerta laranja.

Depressão Bárbara: ANEPC registou 654 ocorrências, nenhuma delas grave
Notícias ao Minuto

12:43 - 20/10/20 por Melissa Lopes com Lusa

País Depressão Bárbara

Até ao momento, registaram-se "654 ocorrências no país" devido à passagem da depressão Bárbara, indicou o ministro Eduardo Cabrita esta terça-feira, após a reunião semanal do Centro de Coordenação Operacional Nacional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

Na operação de resposta ao mau tempo, acrescentou, foram envolvidos cerca de 2.300 operacionais de todas as forças envolvidas (bombeiros, GNRPSP, Forças Armadas e outros agentes).

"Até ao momento, não temos ocorrências particularmente graves a registar", garantiu o ministro, relevando a importância de manter comportamentos preventivos durante o dia de hoje. 

A depressão Bárbara, lembrou Eduardo Cabrita, determinou a colocação de parte significativa do país numa situação de alerta, tendo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) emitido um alerta especial vermelho de risco de inundações em oito distritos do Centro e Sul. "ANEPC acompanhou essa indicação de alerta e já hoje elevou o nível para alerta laranja para 11 distritos", sublinhou.

Os distritos que se juntam a Lisboa, Santarém, Setúbal, Portalegre, Castelo Branco, Aveiro, Coimbra e Porto são Faro, Beja e Évora.

O ministro afirmou ainda que ontem foi acionado o mecanismo de alerta dirigido às populações, tendo sido enviadas "sete milhões de SMS" que foram recebidos nos telemóveis que estavam ontem nas regiões abrangidas pelo estado de alerta

Se ontem, o período de maior risco se situou entre as 18h e as 00h, hoje situa-se entre o meio dia e as 18 horas.

Presente na conferencia de imprensa, o comandante operacional nacional da ANEPC, Duarte Costa, especificou que as situações de "maior risco e perigosidade" vão verificar-se durante o dia de hoje, mas o alerta laranja vai prolongar-se até quarta-feira, uma vez que é necessário manter o dispositivo para fazer face ao que esta situação meteorológica pode deixar.

Duarte Costa avançou que, ao longo da tarde de hoje, a situação mais grave está prevista acontecer no sul do país, principalmente no distrito de Faro.

O comandante operacional nacional aconselhou ainda a população a ter os cuidados preventivos, como condução defensiva, obstrução de águas, não atravessar zonas inundadas e fixação das estruturas móveis existente em casas.

Proteção Civil tem "conseguido responder aos anseios da população"

Na mesma intervenção, Eduardo Cabrita teceu elogios à Proteção Civil que, nesta situação como noutras, "conseguiu e tem conseguido responder aos anseios dos portugueses", dirigindo uma referência "muito especial" aos bombeiros, elementos que estão na primeira linha

"Há três anos, por razões trágicas que determinaram um virar de página nas políticas públicas e na atenção dos portugueses relativamente à centralidade da proteção civil, a ANEPC estava nas primeiras páginas e abria todos os telejornais", lembrou o governante, referindo-se aos incêndios de outubro de 2017 que causaram 50 mortos.

Neste momento, realçou, a Proteção Civil gere, simultaneamente, três tipos de ocorrências de "particular complexidade". "Conclui aquilo que é o período mais crítico de coordenação do combate aos incêndios rurais, tem acompanhado a pandemia coordenando aquilo que é a resposta no âmbito da Proteção Civil e , finalmente, está a responder ao desafio provocado pela depressão Bárbara", destacou Eduardo Cabrita.

O ministro destacou ainda o facto de, pelo terceiro ano consecutivo, não se ter perdido qualquer vida civil nos incêndios rurais. Também pelo terceiro ano, registou-se uma redução de ocorrências em matéria de incêndios de cerca de 50%.

Quanto à area ardida, o país está igualmente no terceiro ano seguido com uma "significativa redução", num ano meteorologicamente "muito adverso" - "em junho tivemos as temperaturas mais elevadas verificadas em Portugal desde 1930 e em que durante a primeira quinzena de setembro tivemos fenómenos de elevado risco com alguma similitude com aqueles que há três anos encontramos". 

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