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Ponte de Rês e Caminho de Ruivães classificados conjunto de interesse

A Ponte de Rês e o Caminho de Ruivães, no concelho de Vieira do Minho, em Braga, foram hoje classificados como conjunto de interesse público pelo "interesse como testemunho notável de vivências, valor estético e memória coletiva que reflete".

Ponte de Rês e Caminho de Ruivães classificados conjunto de interesse
Notícias ao Minuto

11:29 - 19/10/20 por Lusa

País Braga

De acordo com a portaria de classificação, hoje publicada em Diário da República (DR), é fixada uma "graduação das restrições, nomeadamente quanto à volumetria, morfologia, alinhamentos e cérceas, cromatismo e revestimento exterior dos edifícios".

Aquela classificação levou ainda à criação de "dois zonamentos": um correspondente à Ponte de Rês e o segundo correspondente ao Caminho de Ruivães.

É ainda criada uma "área de sensibilidade arqueológica (ASA), correspondente a todo o conjunto a classificar (...) em que devem ser sujeitas a acompanhamento arqueológico, por parte de arqueólogo, todas as intervenções que impliquem movimento de terras ou alteração das preexistências".

"A classificação da Ponte de Rês e do Caminho de Ruivães reflete os critérios (...) relativos ao caráter matricial do bem, ao seu interesse como testemunho notável de vivências ou factos históricos, ao seu valor estético, técnico e material intrínseco, à sua conceção arquitetónica e paisagística, e à sua extensão e ao que nela se reflete do ponto de vista da memória coletiva", explica a portaria.

A atual Ponte de Rês, específica o texto, é "constituída por longo tabuleiro horizontal assente sobre um único arco de volta perfeita de boa altura, deverá corresponder a uma estrutura de origem tardo-medieval, com alterações posteriores, embora integre a antiga via militar romana que ligava Braga a Astorga, por Chaves, que estará na origem da Estrada Real 14 (EN 103).

O caminho atravessa, neste ponto, o rio Saltadouro (ou rio da Cabreira), em local de notável enquadramento paisagístico, com margens ocupadas por vegetação autóctone e algumas azenhas em ruínas.

"A ponte foi igualmente testemunho de um episódio das Invasões Francesas com significado regional, a par da vizinha Ponte de Misarela", salienta.

O texto publicado refere que "o troço da via a que corresponde a designação de Caminho de Ruivães conserva extensos trechos pavimentados com lajeado de tipologia romana, percorrendo um trajeto pontuado por linhas de água, levadas, muros e outras estruturas de cariz rural".

Para os dois zonamentos criados, na zona da ponte de Rês "apenas são admitidas obras de reabilitação, conservação e restauro, que devem preservar todos os elementos construtivos originais, podendo ser substituídos quando não seja possível a sua manutenção, mas respeitando a autenticidade histórico-arquitetónica do bem".

Deve dar-se primazia às ações de manutenção regular, com limpezas manuais sem recurso a meios motorizados, de forma a garantir a preservação das propriedades físicas dos elementos constituintes da ponte".

Na zona do Caminho de Ruivães, "apenas são admitidas obras de reabilitação dos elementos construídos que fazem parte integrante do caminho (muros, portões, pontes, pavimentos, levadas, etc.), de modo a manter as características arquitetónicas e paisagísticas do percurso, designadamente o seu traçado, a forma, composição, materiais e técnicas construtivas originais utilizados na sua execução".

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