Faculdade de Direito suspende professor que comparou feminismo ao nazismo
A Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa suspendeu hoje o professor de Direito Penal que comparou feminismo ao nazismo num programa de mestrado, após um processo de inquérito aberto em final de setembro, segundo fonte da instituição.
© Wikimedia Commons
País Lisboa
Em 25 de setembro a faculdade anunciou que tinha retirado os programas das cadeiras para os analisar e abriu um processo disciplinar, tendo o mesmo resultado na suspensão de funções de acordo com o secretariado da faculdade de Direito.
"Em relação aos recentes factos, dados a conhecer pelos órgãos de comunicação social, envolvendo o docente desta Faculdade professor Francisco Aguilar, a Direção da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa vem comunicar que, tornando-se necessário apurar a relevância disciplinar daqueles factos e a sua extensão, determinou a abertura de competente processo de inquérito", lê-se na nota enviada à agência Lusa a 25 de setembro.
Uma notícia do jornal Público revelou que Francisco Aguilar, professor na Faculdade de Direito de Lisboa, estava a causar polémica devido à conduta durante as suas aulas e o mesmo jornal avançou hoje que o docente foi suspenso, informação confirmada à Lusa por fonte da instituição.
O professor que leciona algumas cadeiras do mestrado em Direito terá optado por temáticas controversas na altura de lecionar as unidades curriculares de Direito Penal IV e Direito Processual Penal III, encarando a "violência doméstica como disciplina doméstica" e comparando as mulheres a "pessoas desonestas, espertas e canalhas".
Em comunicado, a instituição realçava que "defende a dignidade de todos" e que o plano de estudos deve respeitar os valores da igualdade.
Por sua vez, o professor de Direito disse que não ia "abdicar da sua liberdade científica".
O professor em causa foi também julgado por violência doméstica, em Lisboa, num processo em que estava acusado por uma ex-aluna com quem terá tido uma relação entre 2015 e 2016, tendo sido absolvido, segundo o jornal Público.
A juíza considerou que o despacho de acusação do Ministério Público omitiu mensagens que a assistente enviou ao arguido.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com