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Marcelo recorda "tragédia" dos incêndios de outubro de 2017

Presidente da República sublinha que não se recorda, durante o período do seu mandato, de nada parecido com as "tragédias" dos incêndios de 2017. E fazendo uma comparação com a atualidade, Marcelo diz que o que vivemos agora - a pandemia - é, noutra dimensão "gravíssimo", por ser "mais difuso e disperso" e mais "perigoso".

Marcelo recorda "tragédia" dos incêndios de outubro de 2017
Notícias ao Minuto

18:32 - 14/10/20 por Melissa Lopes

País Incêndios

O Presidente Marcelo recordou esta quarta-feira os incêndios de outubro de 2017, que causaram 50 mortos, e toda a emoção com que se viveu os dias seguintes à tragédia. Discursando em Tondela na inauguração de uma central de triagem de resíduos, o chefe de Estado trouxe à memória o papel dos autarcas da região afetada.

"Passaram três anos, eu não esqueço, antes, durante e depois, o contributo da então presidente da CCDR, o papel único - eu diria mesmo heróico - dos autarcas da região atingida. Lembro-os um a um, e a cara com que estavam ao percorrermos as povoações, e ao pararmos aqui e acolá, e a ouvirem os dramas. Lembro-me daquilo que diziam, daquilo que sentiam, uma emoção muito superior àquela que sentimos hoje", afirmou, destacando, em particular, o papel do representante dos presidentes de câmara

"Mas permito-me recordar o representante de todos os presidentes de câmara e o que era aquela sensação de impotência, de angústia, de falta de resposta a dar aos dramas das pessoas, da vontade de pôr de pé soluções precárias, de insistência constante para que o precário passasse a ser definitivo", destacou.

Marcelo diz não se recordar, no período do seu mandato presidencial que se aproxima do fim, de "nada parecido com essas tragédias". "O que estamos a viver hoje [a pandemia] é, noutra dimensão, gravíssimo, mas é mais difuso e mais disperso, e por isso mais perigoso, e por isso de resposta mais exigente. Mas em termos concentrados, no tempo e no espaço, em dois dias e meio, e numa região muito específica, o que foi vivido há três anos é de facto uma situação irrepetida e, espero, que irrepetível". 

O chefe de Estado realçou ainda o que se alcançou desde o dia 14 de outubro de 2017 até hoje. "O que há a reter é que se aprendeu com o passado e o presente já é futuro. Não houve apenas o recuperar o que se perdeu, o refazer o que ficou destruído, há o programar e projetar o futuro", afirmou, sublinhando que "isso é aprender várias lições".

Uma delas é que "o ambiente já não é aquilo que era no início da nossa democracia", num tempo em que já era uma preocupação, mas era, no fundo, "uma realidade complementar de outras".

"Havia desenvolvimento económico, social e depois ambiental. Hoje, sabe-se que o ambiente é central e transversal. Não há desenvolvimento económico sem ambiente, não há desenvolvimento social sem ambiente, não há desenvolvimento humano sem ambiente. E isso significa estar a começar todos os dias um percurso que se pensou estar acabado no dia anterior", destacou o Presidente. 

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