Câmara anula novamente concurso para central fotovoltaica em Carnide
A Câmara Municipal de Lisboa vai revogar, pela segunda vez, o concurso para a construção de uma central fotovoltaica em Carnide, segundo uma proposta que será discutida na quinta-feira, em reunião do executivo.
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País Lisboa
A autarquia, liderada por Fernando Medina (PS), vai deliberar "aprovar a decisão de não adjudicação, com a consequente revogação da decisão de contratar e anulação do cabimento da empreitada" de construção, montagem, operação e manutenção de uma central fotovoltaica, na freguesia de Carnide", lê-se na proposta, a que a agência Lusa teve acesso.
No final de fevereiro, a Câmara de Lisboa aprovou, por unanimidade, o lançamento de um novo concurso para a construção de uma central fotovoltaica em Carnide, no valor de dois milhões de euros, depois de o primeiro ter ficado deserto.
Conforme explica a proposta, foram feitos três pedidos de prorrogação do prazo de apresentação de propostas, por parte de interessados, tendo o município autorizado, uma vez que os motivos prendiam-se com "a dificuldade na obtenção de orçamentos, devido à situação pandémica".
Entretanto, em 17 de agosto o júri do procedimento optou pela "exclusão de todas as [propostas] que foram submetidas, nos termos e com os fundamentos ali constantes".
O júri levou também a cabo a audiência prévia dos concorrentes, tendo recebido quatro pronúncias, mas "entendeu não aceitar" e "mantém a exclusão de todas as propostas".
A construção da central fotovoltaica insere-se numa "estratégia de mobilidade sustentável", na qual o município pretende promover "a substituição de combustíveis fósseis por energia elétrica para o abastecimento de veículos de transporte público municipais de passageiros", refere a proposta assinada pelos vereadores José Sá Fernandes (Ambiente) e João Paulo Saraiva (Finanças).
Em maio do ano passado, a autarquia já tinha aprovado a contratação desta empreitada, com um valor base de dois milhões de euros.
Em julho de 2018, a câmara estimava ter uma central fotovoltaica a funcionar em Carnide em 2020, para abastecer veículos elétricos e reduzir a energia fóssil na cidade.
Sá Fernandes disse na altura estimar que, até 2020, a capital tivesse uma linha de elétrico, 20 autocarros e 50 veículos afetos à recolha de resíduos a serem abastecidos através de energia solar.
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