De acordo com o retrato mais recente dos Açores da base de dados Pordata, a maior ilha açoriana concentra 137.229 habitantes dos 242.821 do arquipélago.

Numa ilha em que o efetivo leiteiro é o maior do arquipélago, gerando milhares de postos de trabalho e uma forte indústria transformadora, o poder de compra 'per capita' está acima da média da região, sendo o seu valor de 88,6% contra 87,3% do arquipélago.

Sendo o setor das pescas o que concentra a maior frota e profissionais de todas as ilhas - com a matéria prima destinada na sua maior parte à exploração e ao consumo local, com destaque para a pesca do atum - tem sido, contudo, o turismo que tem vindo a emergir nos últimos anos, com a abertura do mercado aéreo em 2015 e a chegada das operadoras de baixo custo.

As dormidas na hotelaria por 100 habitantes na ilha (1.030) são superiores ao valor nacional (658) e regional (874), enquanto as receitas das dormidas por hóspede foram de 124,5 euros na ilha de São Miguel, 112,5 euros nos Açores e 118,5 no país.

Numa ilha com 64 freguesias, de um total regional de 156, em termos de participação eleitoral, a taxa de abstenção nas eleições legislativas regionais de 2016 foi maior em São Miguel (63,1%), face ao valor regional (59,2%).

Nas eleições legislativas regionais dos Açores de 25 de outubro apresentam-se a votos pelo círculo de São Miguel 13 partidos (PS, PSD, CDS-PP, BE, CDU e PPM, Chega, Aliança, Iniciativa Liberal, PCTP/MRPP, Partido da Terra, Livre e PAN) aos 20 lugares de deputado na Assembleia Legislativa Regional dos Açores eleitos pela ilha.

O PS avança com Vasco Cordeiro, atual chefe do executivo regional, como cabeça de lista, com o PSD, maior partido da oposição, a escolher José Manuel Bolieiro, líder do partido no arquipélago, como número um por São Miguel.

Nuno Gomes, licenciado em Teologia e inspetor de educação, é o primeiro nome na lista do CDS-PP, ao passo que o BE escolheu António Lima, líder regional do partido, para cabeça de lista.

Pela CDU, que junta PCP e Os Verdes, avança o professor e dirigente sindical Rui Teixeira.

O médico Paulo Margato é a escolha do PPM para encabeçar a lista por São Miguel, enquanto Carlos Furtado, antigo dirigente do PSD, avança em igual posição pelo Chega.

O partido Aliança escolheu o empresário e fadista Mário Fernandes para número um da lista, pela Iniciativa Liberal concorre Nuno Barata, antigo deputado regional do CDS-PP, e o PAN tem o porta-voz regional Pedro Neves como candidato.

O jovem estudante José Afonso é a escolha do PCTP/MRPP, ao passo que o Livre avança com o professor José Azevedo e o Partido da Terra com o dirigente nacional Pedro Soares Pimenta.

O PS governa a região há 24 anos, tendo sido antecedido pelo PSD, que liderou o executivo regional entre 1976 e 1996.

Nas anteriores legislativas açorianas, em 2016, o PS venceu com 46,4% dos votos, o que se traduziu em 30 mandatos no parlamento regional, contra 30,89% do segundo partido mais votado, o PSD, com 19 mandatos, e 7,1% do CDS-PP (quatro mandatos).

O BE, com 3,6%, obteve dois mandatos, a coligação PCP/PEV, com 2,6%, um, e o PPM, com 0,93% dos votos expressos, também um.