BE/Açores quer reforçar o combate à violência doméstica e de género

O líder do BE/Açores, António Lima, defendeu hoje a promoção da igualdade de género e o combate à violência doméstica, nomeadamente através do reforço dos recursos humanos nas instituições e do incentivo à sensibilização nas escolas.

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Lusa
30/09/2020 19:06 ‧ 30/09/2020 por Lusa

Política

Açores/Eleições:

 

De visita à UMAR - União de Mulheres Alternativa e Resposta, onde se reuniu com a direção, o coordenador regional do partido destacou hoje o trabalho deste tipo de associações "no apoio às vítimas de violência doméstica, no combate a este flagelo social, que é a violência doméstica, que é, na região, um dos piores, se não o pior, problema social".

António Lima lembrou que os Açores têm "a maior prevalência de violência doméstica do país", com "4,1 casos por mil habitantes, enquanto a nível nacional o valor é de 2,8 por mil habitantes", afirmando que esta matéria "tem de ser prioridade para qualquer governo, qualquer instituição, qualquer região" e que "se deve refletir nas políticas públicas".

O cabeça de lista do Bloco de Esquerda pelos círculos de São Miguel e de compensação nas eleições regionais de outubro defendeu que, no combate à violência doméstica, são precisos mais recursos humanos, concretizando que, no caso da UMAR, são precisos, "por exemplo, psicólogos, para acompanhar as vítimas de violência doméstica".

"Podia ser feito muito mais com muito pouco, com mais uma ou duas pessoas podia ser feito um trabalho mais abrangente, chegando também às escolas", reforçou.

Para o atual líder parlamentar bloquista, "a violência doméstica é um problema que está enraizado na sociedade" e "tem de ser combatido na origem, tem de ser combatido com a educação, começar a ser combatido nas escolas, porque a violência no namoro é um problema que é cada vez mais presente, cada vez mais real".

O Bloco de Esquerda propõe "a criação de um concurso de ideias para a promoção da igualdade de género, em todas as escolas" e abranger depois "a realidade de ilha e a realidade regional", e contar com o envolvimento do governo, do parlamento e da comunicação social para a divulgação dos trabalhos.

"Consideramos também necessário que os serviços da Inspeção Regional de Trabalho tenham formação e uma sensibilização muito intensa para a realidade, para a desigualdade de género no trabalho, para a desigualdade salarial e para as condições de trabalho das mulheres nos Açores, que têm uma participação cada vez mais ativa no mundo do trabalho, mas essa participação tem de ter igualdade em relação aos homens", declarou.

As próximas eleições para o parlamento açoriano decorrem em 25 de outubro.

Nas anteriores legislativas açorianas, em 2016, o PS venceu com 46,4% dos votos, o que se traduziu em 30 mandatos no parlamento regional, contra 30,89% do segundo partido mais votado, o PSD, com 19 mandatos, e 7,1% do CDS-PP (quatro mandatos).

O BE, com 3,6%, obteve dois mandatos, a coligação PCP/PEV, com 2,6%, um, e o PPM, com 0,93% dos votos expressos, também um.

O PS governa a região há 24 anos, tendo sido antecedido pelo PSD, que liderou o executivo regional entre 1976 e 1996.

 

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