Ao falar sobre o desemprego jovem na região, que na faixa entre os 25 e 34 anos atingiu cerca de 10% no segundo trimestre deste ano, Paulo Cafôfo realçou que "aquilo que os jovens precisam é de uma oportunidade".
"A única carreira que o PSD oferece aos jovens é a de assessor do Governo Regional, mas, para isso, têm de ter de cartão laranja", criticou ao intervir na Assembleia Legislativa.
Paulo Cafôfo lembrou que a educação na Madeira encontra-se regionalizada, cabendo ao Governo Regional a criação de medidas tendentes a acolher os jovens no mercado do trabalho.
"A situação da educação nesta região autónoma está regionalizada mas já se sabe que o Governo Regional irá atirar culpas para a República", antecipou.
Outra questão que marcou os trabalhos plenários da Assembleia Legislativa foi a reprovação dos deputados da maioria PSD/CDS ao voto de protesto apresentado pelo PS contra o "chumbo [por parte do PSD e do CDS] da subida a plenário da petição pública promovida pelo Sindicato dos Professores da Madeira (SPM) subscrita por 3.640 docentes".
PS, JPP e PCP votaram a favor do voto de protesto.
O deputado socialista Rui Caetano lamentou a decisão do PSD de "impedir a discussão em plenário da petição pública" que defendia a aprovação de medidas de combate ao desgaste e envelhecimento dos docentes na Madeira.
A concretização de lei da pré-reforma na região; a possibilidade dos profissionais poderem optar pela isenção da componente letiva a partir dos 60 anos; a redução da componente letiva para os professores do primeiro ciclo e do pré-escolar e a redução da componente letiva para os professores com doenças crónicas eram alguns pontos que a petição do SPM pretendia levar a plenário.
Para Rui Caetano, este impedimento demonstra uma "visão centralista", de "desrespeito" do Governo PSD/CDS pelo "exercício livre de cidadania" por parte de 3.640 professores.
"É cortar a vontade de participação da sociedade civil, é querer limitar o debate político apenas às organizações partidárias, é querer fechar as portas da política à sociedade civil", criticou.