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Abacate? "É absolutamente idiota. Temos de cultivar o que é adequado"

Miguel Sousa Tavares comentou, esta segunda-feira, o problema da escassez de água no Alentejo e Algarve.

Abacate? "É absolutamente idiota. Temos de cultivar o que é adequado"
Notícias ao Minuto

22:56 - 21/09/20 por Notícias Ao Minuto

País Miguel Sousa Tavares

Miguel Sousa Tavares analisou, esta segunda-feira, no seu espaço de comentário semanal, no Jornal das 8, da TVI, o problema da escassez de água no Alentejo e Algarve.

O escritor começou por apontar o dedo ao ministro do Ambiente que, na semana passada, esteve no Algarve, reunido com vários autarcas da região para encontrar soluções para este problema. 

De acordo com Sousa Tavares, os participantes do encontro chegaram "à conclusão que o novo normal é não haver água no Algarve". Contudo, para o comentador da TVI, este já "não é o novo normal. Já é o normal de há vários anos".

"O novo normal é começarem realmente a ficar em pânico com esta situação, porque chegaram à conclusão que não podem fazer mais barragens, que não há verba, nem planos, para dessalinizar a água do mar, que a alternativa era que os espanhóis deixassem vir água para o Guadiana, para encher a barragem de Odeleite, podem esperar sentados porque a Espanha nunca nos deixou ver água e é o maior gastador de água da Europa. E ao mesmo tempo, que no Algarve começaram a aparecer culturas novas e altamente gastadoras de água como é o caso do laranjal super intensivo e do abacate", atirou.

De seguida, Sousa Tavares recordou uma entrevista que fez a Matos Fernandes e onde questionou o ministro do Ambiente sobre a produção da pera abacate, no Algarve, "sabendo que havia falta de água e que esta era uma cultura exógena, gastadora de água".

Durante a conversa, em novembro de 2019, o governante garantiu que "no contexto de uma nova política agrícola comum, não fará qualquer sentido que ela [pera abacate] possa continuar a ser plantada".

No final do trecho, Sousa Tavares ironizou: "Isto é uma resposta absolutamente extraordinária, ou seja, a palavra proibir não entra no léxico do ministro do Ambiente e nós consentimos culturas que são gastadoras de água fora do seu sítio".

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