Amnistia lança petição em nome da defesa dos refugiados em Moria
A organização apela aos portugueses para assinarem o documento. O objetivo é apelar ao governo grego para que proteja os refugiados que se encontram em condições desumanas no campo de Moria, na ilha de Lesbos.
© Reuters
País Campo de refugiados Moria
A Aministia Internacional lançou, ontem, uma petição que tem como objetivo exigir ao Governo grego "proteção urgente para os refugiados em Moria". Em comunicado, o movimento da Amnistia em Portugal apela para que a população portuguesa também contribua para este abaixo-assinado.
"É desesperante a situação em Moria, na Grécia. Milhares de pessoas estão há precisamente uma semana a dormir na rua. Ajudem a exigir uma resposta urgente. Assinem a petição que lançamos hoje e partilhem. Estas pessoas precisam de nós para lhes darmos voz!", pode ler-se numa mensagem deixada nas plataformas digitais oficiais da organização, associada à petição.
As assinaturas serão entregues exclusivamente pela Amnistia Internacional.
E o que vai concretamente apoiar? Para garantir uma decisão informada é referido no documento que o abaixo-assinado visa, em particular, apelar ao primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, que: "providencie ajuda humanitária urgente para os residentes do campo de Moria, incluindo abrigos de emergência e cuidados médicos, com testes e tratamentos para a Covid-19; priorize o descongestionamento dos campos nas ilhas, aumentando o número de transferências para o continente e as recolocações para outros Estados-membros da União Europeia e garanta que as medidas implementadas respeitam totalmente a dignidade dos residentes e evite a implementação de restrições injustificadas aos direitos e liberdades dos residentes".
A Aministia Internacional Portugal recorda ainda que os recentes incêndios que destruíram o campo de refugiados de Moria "deixaram milhares de pessoas a dormirem na rua e com acesso muito limitado a serviços básicos", bem como deixaram muitos refugiados sem os poucos bens que ainda possuíam, "incluindo documentos fundamentais para os seus pedidos de asilo".
"O descongestionamento de Lesbos e de outras ilhas gregas deve ser uma prioridade para as autoridades na Grécia. Os Estados-membros da União Europeia devem aumentar significativamente o número de requerentes de asilo que recolocam a partir da Grécia e pôr um fim à política de contenção nas ilhas", frisa ainda a organização.
Até ao momento, mais de 900 pessoas já assinaram o documento. Leia a petição na íntegra aqui.
O campo de refugiados de Moria alberga cerca de 12.500 pessoas, apesar da sua capacidade oficial ser de menos de três mil. Desde a sua criação, em 2015, que as infraestruturas de saneamento são muito escassas, os cuidados médicos desadequados e, hoje, com a pandemia da Covid-19, as medidas de prevenção sanitárias são quase impossíveis de cumprir. Nas últimas duas semanas, vários casos do novo coronavírus foram confirmados no campo, agravando as preocupações já existentes.
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