Os fiscais da EMEL vão deixar de ser remunerados consoante o número de multas que passam, escreve hoje o jornal Público, citando o vereador da Mobilidade, Nunes da Silva, que alega que este sistema de incentivos à produtividade "tem resultados perversos".
Apesar de recusar falar de ‘caça à multa’, Nunes da Silva fala ao jornal Público em "situações surreais" narradas por automobilistas e mesmo em "abuso de autoridade" nalguns casos. "É altura de dizer basta”, considera o vereador.
O sistema de pagamentos da EMEL determina que o ordenado dos fiscais aumente substancialmente a partir de determinado número de multas, sendo que no início de carreira o salário-base ronda os 700 euros.
Contactada pelo Público, a EMEL não forneceu dados sobre multas e bloqueamentos e o seu porta-voz, Diogo Homem, argumentou que essa informação "não se encontra sistematizada".