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Celebração virtual da herança de Rhode Island comemora culturas lusófonas

O Galo de Barcelos e a cultura de Cabo Verde vão ser alguns dos protagonistas da celebração virtual da herança cultural de Rhode Island, hoje, nos Estados Unidos da América (EUA), disse à Lusa a coordenadora Donna Alqassar.

Celebração virtual da herança de Rhode Island comemora culturas lusófonas
Notícias ao Minuto

11:22 - 12/09/20 por Lusa

País Emigrantes

Com uma história de 41 anos, o festival anual da Herança Cultural de Rhode Island foi adaptado, pela primeira vez, para uma celebração virtual, que tem lugar todos os sábados do mês de setembro a partir das 13:00 (18:00 em Lisboa).

Donna Alqassar, coordenadora da comissão de herança e preservação histórica de Rhode Island, considerou à Lusa que as reuniões 'Zoom' são uma boa oportunidade para os grupos culturais se exporem e para o público aprender sobre a diversidade do estado, onde se estima que esteja localizada a terceira maior comunidade portuguesa dos EUA.

Este sábado, a celebração vai incluir a apresentação da missão do subcomité da Herança Cabo-Verdiana em Rhode Island, uma explicação da história e demonstração do Galo de Barcelos, assim como performances de dança e música de outros países.

Os dados para a reunião 'Zoom' podem ser encontrados no perfil de 'Facebook' e no 'website' da Rhode Island Historical Preservation & Heritage Commission, para a mesma hora durante todos os sábados de setembro.

Donna Alqassar referiu que ficou a saber, através de membros da comunidade, que o Galo de Barcelos é "um símbolo português de integridade e honestidade", acrescentando: "É por isso que adoro tanto este festival, porque eu também estou a aprender".

A responsável elogiou o Subcomité da Herança Cabo-Verdiana, "provavelmente o maior e mais ativo grupo cultural de Rhode Island", que vai participar no evento virtual de hoje, às 13:00 (18:00 em Lisboa).

A associação cabo-verdiana vai explicar a sua missão através de vídeos. "Estou muito entusiasmada por o público poder aprender mais sobre este grupo dinâmico", disse Donna Alqassar.

Outra organização que mereceu os elogios da coordenadora foi a Rhode Island Day of Portugal, que se empenha muito na difusão e conhecimento da cultura lusa na comunidade e que está envolvida na organização do festival da herança, como promove também um festival português anual.

"Sou fascinada pelos povos lusófonos e estou tão contente por termos essa presença no nosso festival", declarou a coordenadora.

Os grupos que participam com performances ou demonstrações no festival, que durante 40 anos consecutivos foi realizado na cidade de Providence, podem beneficiar de terem uma voz entre a sociedade civil e entre os decisores políticos.

"Espero que [o evento virtual] aumente as oportunidades culturais para grupos que geralmente não participam e que estes percebam que se trata de uma chance maravilhosa de apresentar a nossa diversidade", disse Donna Alqassar à agência Lusa.

O Festival da Herança de Rhode Island reúne cerca de 500 pessoas anualmente na cidade de Providence, na ideia de partilhar o melhor de cada uma das culturas que formam a população daquele estado, em que a população de origem lusa é a terceira maior dos Estados Unidos.

Este ano, devido à pandemia de covid-19, a celebração tornou-se, como em muitos outros casos, virtual, pelo que a organização espera atrair mais espetadores e reforçar a consciência sobre a existência e diversidade das culturas.

A criação desta programação 'online' levou à criação de mais conexões, congratulou-se a responsável, que iniciou o cargo em março de 2019, com o objetivo de conseguir mais contactos, divulgação e renovação do envolvimento dos grupos e da comunidade.

Donna Alqassar explicou que o Festival da Herança de Rhode Island é uma exposição das várias culturas que se estabeleceram no estado e que a celebração na cidade de Providence conta, normalmente, com áreas de vendas, de comida, de diversão, uma área para as crianças e outra de demonstrações de trabalhos manuais e exposição de objetos e símbolos próprios de cada cultura.

Todos os anos, o "passaporte internacional" oferecido pelo festival permitia visitar as várias áreas e mesas de informação e também colecionar carimbos de cada país.

"Estamos no processo de tentar revigorar o programa e trazer mais tráfego, que esperamos atingir com a celebração virtual", disse a coordenadora da comissão de herança cultural, prometendo que "cada semana é diferente da outra, com diversos grupos culturais, performances e aulas, demonstrações".

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