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"Os médicos não são cobardes e mereciam um pedido de desculpa público"

Depois de, esta semana, a Ordem dos Médicos ter reunido com o primeiro-ministro, Miguel Guimarães defende agora que os médicos mereciam um pedido de desculpa público por parte de António Costa.

"Os médicos não são cobardes e mereciam um pedido de desculpa público"
Notícias ao Minuto

23:48 - 28/08/20 por Filipa Matias Pereira

País Polémica

O bastonário da Ordem dos Médicos considerou, na noite desta sexta-feira, que "os médicos não são cobardes e mereciam um pedido de desculpa público do primeiro-ministro". Em causa está a polémica que se instalou na sequência das palavras de António Costa, que 'inundaram' as redes sociais.

Miguel Guimarães garantiu, em declarações na antena da SIC Notícias, que "todos os médicos de família escalados para o lar de Reguengos de Monsaraz lá estiveram presentes e seguramente que isso depois vai ser verificado pelas autoridades".

E a atuação dos médicos, alegou, "não justifica várias afirmações que têm sido feitas publicamente de que os médicos não compareceram, nomeadamente do senhor primeiro-ministro, que fez considerações que lançaram uma mancha negra que é perfeitamente desnecessária, dizendo que os médicos são cobardes". 

Miguel Guimarães confessou que "gostava" de ouvir esse pedido de desculpas por parte do chefe de Governo, até porque "este é um momento importante para os médicos". Em cenário de pandemia, e equacionando-se uma segunda vaga, garantiu o bastonário que "o primeiro objetivo" dos médicos "é servir e cuidar das pessoas" e isso "vai continuar a ser feito independentemente do primeiro-ministro pedir desculpa ou não aos médicos".

No início desta semana, recorde-se, um vídeo de sete segundos instalava a polémica. António Costa, 'off the record', dizia ao Expresso que os médicos que alegadamente não tinham marcado presença no lar de Reguengos de Monsaraz, apesar de terem sido destacados, eram "cobardes". 

As palavras chegaram às redes sociais e geraram desconforto no seio da comunidade médica - e política -, o que motivou um pedido de audição por parte da Ordem dos Médicos ao primeiro-ministro.

Já depois dessa reunião, que teve lugar em São Bento, Miguel Guimarães enviou uma missiva aos colegas de profissão, defendendo que o primeiro-ministro, nas declarações aos jornalistas, "não transmitiu integralmente e fielmente aquilo que minutos antes tinha reconhecido à Ordem dos Médicos".

António Costa, recorde-se ainda, tinha agradecido a presença de Miguel Guimarães, esperando "que todos os mal-entendidos" estivessem "esclarecidos".

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