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Interrupção de férias? "Ponto de situação [dos fogos] não justifica isso"

Presidente da República está de férias no Porto Santo e falou à RTP sobre a situação dos incêndios que se fazem sentir no Norte e Centro do País. Tem estado em contacto com os autarcas e com o Ministro da Administração Interna.

Interrupção de férias? "Ponto de situação [dos fogos] não justifica isso"
Notícias ao Minuto

22:48 - 06/08/20 por Notícias Ao Minuto

Política Incêndios

Marcelo Rebelo de Sousa está de férias no Porto Santo, no arquipélago da Madeira, onde falou sobre a situação dos incêndios que se fazem sentir no país. Na antena da RTP, o Chefe de Estado disse que tem estado a acompanhar a vaga dos fogos "em contacto com os autarcas" de Sernancelhe, Alijó, Fundão e Sabugal e também com o Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, que fez "o ponto da situação"

"Felizmente", num "dia que se sabia muito difícil, daí ter sido declarado o Estado de Alerta", com "temperaturas muito elevadas e condições propícias e perigosas para fogos florestais", o Presidente da República destacou que "não se tem verificado, até agora, nenhum dos riscos que se considerou até certa altura como, não direi iminente, mas elevado, de se atingirem povoações"

Sublinhou ainda que "trabalho de muitas centenas de operacionais em várias frentes, que merecem toda a solidariedade, bem como as populações, continua durante a noite", esperando que as condições climatéricas e atmosféricas ajudem: "que a temperatura desça e a humidade suba"

Questionado sobre se pondera terminar as férias caso a situação se agrave, Marcelo afirmou que "espera bem que não". "Também as férias são dois dias. O ponto de situação feito neste momento não justifica isso, mas vou acompanhar durante a noite e a madrugada o que se passa e o ministro da Administração Interna e os autarcas vão-me informando"

Já em declarações aos jornalistas no centro da cidade Vila Baleira, onde se deslocou esta noite em passeio, afirmou que este "é um período particularmente difícil".

"Eu estou a acompanhar e sempre, como acontece nestas situações, embora eu deva partir daqui depois de amanhã [sábado], espero não ter de partir amanhã [sexta-feira]. Era bom sinal. Era sinal de que a noite permitiu um controlo nalgumas destas frentes", declarou o Chefe de Estado.

Portugal tinha, pelas 19h30 desta quinta-feira, hora em que a Proteção Civil fez um ponto de situação, "15 incêndios ativos" preocupantes e que mobilizavam "mais de 1.700 operacionais, apoiados por 546 meios terrestres e 16 meios aéreos de ataque ampliado".

Os que mais preocupavam eram os de Mirandela e Torre de Moncorvo, no distrito de Bragança, Sernancelhe, no distrito de Viseu, Alijó, no distrito de Vila Real, Sabugal, na Guarda, Fundão, em Castelo Branco, e Porto de Mós.

André Fernandes, Segundo Comandante Nacional, revelou ainda que, até àquele momento, já se tinham registado "113 ocorrências que mobilizaram um total de 4.600 operacionais", apelando ao sentido cívico dos portugueses na "tolerância zero ao uso do fogo".

De lembrar que o Governo decidiu, esta quarta-feira, e tendo em conta "as previsões meteorológicas para os próximos dias", colocar todo o território do Continente em nova Situação de Alerta até às 23h59 horas do dia 7 de agosto, sexta-feira.

Esta nova Situação de Alerta, que sucede a outra que terminou às 23h59 de 4 de agosto, "surge na sequência da ativação do Estado de Alerta Especial de Nível Vermelho para os distritos de Bragança, Guarda, Vila Real, Beja, Castelo Branco, Faro e Viseu".

Os distritos de Aveiro, Braga, Coimbra, Évora, Leiria, Portalegre, Porto, Santarém e Viana do Castelo "estarão em Estado de Alerta Especial de Nível Laranja", e os distritos de Lisboa e Setúbal "vão estar em Alerta Especial de Nível Amarelo", especifica o comunicado.

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