Duarte Costa, comandante da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, disse à Lusa que Portugal pode enviar até quatro equipas, relacionadas fundamentalmente com a resposta a emergência médica, a análise do ar e a atividades em estruturas colapsadas.
"Mantemos a nossa vontade de ajudar, não só através destas equipas como também através do envio de material, que estamos neste momento a analisar", disse o responsável à Lusa.
Duarte Costa explicou que de acordo com o pedido do Governo do Líbano, através do mecanismo da União Europeia (Mecanismo Europeu de Proteção Civil), "Portugal respondeu afirmativamente" e predispôs-se a ajudar através do envio de equipas médicas, de análise do ar e de trabalho em ambiente de construções destruídas.
No entanto, acrescentou, o que acontece por norma é que os países afetados aceitam primeiro a ajuda dos países mais perto e que por isso podem chegar ao local rapidamente. Além de que qualquer seguimento de pedido é sempre feito através da União Europeia.
Num comunicado, o Ministério da Administração Interna já tinha dito hoje que Portugal manifestou disponibilidade para enviar 42 operacionais de uma força conjunta para o Líbano, para prestar auxílio às autoridades locais na sequência das explosões.
O comunicado especifica que a equipa é composta por operacionais da Proteção Civil, GNR, INEM e do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa.
Segundo o MAI, os operacionais destacados têm competências nas áreas de busca e salvamento em ambiente urbano, emergência pré-hospitalar e resposta a eventos nucleares, radiológicos, biológicos e químicos.
Duas fortes explosões sucessivas sacudiram Beirute na terça-feira, causando mais de uma centena de mortos e mais de 4.000 feridos, segundo o último balanço feito pela Cruz Vermelha.
Até 300.000 pessoas terão ficado sem casa devido às explosões, segundo o governador da capital do Líbano, Marwan Abboud.
O Governo português indicou na terça-feira não ter indicações de que haja cidadãos nacionais entre as vítimas.