Trabalhadores das cantinas exigem pagamento de salários em atraso
Cerca de 40 trabalhadores da empresa Sector Mais, concessionária de cantinas e restauração, concentram-se na terça-feira, em frente à sede da empresa, em Lisboa, a exigir o pagamento de salários em atraso, disse hoje fonte sindical.
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País protesto
Em causa estão "metade dos 80 trabalhadores das cantinas de empresas como a Altice e a REN e de uma universidade e creches", bem como "trabalhadores da restauração das grandes superfícies da área metropolitana de Lisboa", disse à Lusa o dirigente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Sul, Luís Trindade.
De acordo com o sindicato, a empresa concessionária Sector Mais "não paga os salários dos trabalhadores desde março de 2020", embora tenha recorrido ao 'lay-off' simplificado.
"Deve salários, subsídios de férias e subsídio de Natal, ainda relativo ao ano de 2019, assim como despediu trabalhadores sem pagar o que lhes era devido", indica o sindicato em comunicado.
Luís Trindade acusa a empresa de não estar a cumprir os contratos de concessão que são atribuídos por concurso e sublinha que "os trabalhadores não estão nos seus postos de trabalho por incumprimento da entidade patronal, que é a Sector Mais".
"Os trabalhadores estão sem receber qualquer tipo de remuneração e começa a haver casos muito graves porque há situações em que os dois membros do casal trabalham na empresa", afirma Luís Trindade.
Contactada pela Lusa, a empresa Sector Mais emitiu um comunicado onde considera que "de uma maneira geral" as acusações do sindicato que têm sido noticiadas "contêm acusações graves e infundadas".
Em comunicado, a Sector Mais sublinha o impacto da pandemia covid-19, que provocou na empresa uma quebra de faturação "em mais de 85%" e, por isso, mesmo utilizando os instrumentos disponibilizados pelo Governo, não foi possível ultrapassar todas as dificuldades.
"Tendo recebido os apoios da Segurança Social referentes meses de abril e maio, a empresa efetuou, na íntegra, o pagamento dos vencimentos desses meses aos funcionários do seu quadro que se encontravam nessa situação", afirma a Sector Mais.
A empresa diz que aguarda ainda "a regularização dos valores do 'lay-off' simplificado de junho e julho para proceder ao integral pagamento dos salários em atraso", mas assegura que "tem vindo a pagar faseadamente" as remunerações desses dois meses "mediante as suas possibilidades financeiras".
De acordo com o comunicado, a Sector Mais vai "acionar os meios competentes para contrapor as acusações falsas".
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