A reativação do incêndio que deflagrou no concelho de Valongo, no sábado, resultou na morte de "dezenas de animais" em dois abrigos ilegais em Santo Tirso, segundo denunciou o PAN, este domingo, através das redes sociais.

"O PAN tem estado a acompanhar toda a situação no local, nomeadamente a tentativa de retirada dos animais ainda com vida dos abrigos, ação que não está a ser facilitada pelas autoridades, alegando tratar-se de 'propriedade privada'", escreve o partido, numa publicação feita de madrugada, que faz acompanhar de uma imagem do incêndio.

O partido garante, ainda, que "cidadãos, ONG e associações de proteção animal" disponibilizaram-se para auxiliar na retirada dos animais em questão, mas que todas as tentativas foram "barradas tanto pela Câmara Municipal e respetivo Veterinário Municipal, como pelas proprietárias dos abrigos".

Ainda não tenham fornecido um número exato de animais, o partido escreveu que confirmaram "a presença de animais carbonizados, feridos e em desespero nestes abrigos".

"Isto apesar da Lei de Protecção aos Animais ser clara quanto aos animais doentes, feridos ou em perigo deverem, na medida do possível, ser socorridos, nomeadamente por parte de quem tem o especial dever os cuidar", acresce o PAN. O partido apela a que os animais sejam incluídos nos planos de proteção civil. "Ainda tanto falta fazer pela proteção animal e na prevenção de incêndios em Portugal", indicam.

Por volta das 6h20 da manhã, os representantes do partido escreveram que continuavam "no local a acompanhar a situação e a procurar que seja garantido o acesso aos animais que ainda se encontram vivos", tendo também "solicitado, com carácter de urgência, a emissão de mandado judicial que permita o acesso aos abrigos e a apreensão cautelar dos animais".

Recorde-se que no sábado houve uma reativação do incêndio em Valongo, que atingiu uma empresa no parque industrial da Seroa, no concelho vizinho de Paços de Ferreira, no distrito do Porto.

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