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Venezuela: Embaixadora da UE com "mais condições" agora

O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, considerou hoje que a representante da União Europeia (UE) na Venezuela, a diplomata Isabel Brilhante Pedrosa, ficou com "mais condições" após a tentativa falhada da sua saída de Caracas.

Venezuela: Embaixadora da UE com "mais condições" agora
Notícias ao Minuto

18:15 - 13/07/20 por Lusa

País Venezuela

No início de julho, as autoridades venezuelanas decidiram recuar na decisão de expulsar a representante da União Europeia na Venezuela, a diplomata portuguesa Isabel Brilhante Pedrosa, após uma conversa telefónica entre os chefes de diplomacia das duas partes.

Falando hoje sobre esta tentativa de afastamento do cargo, em declarações prestadas aos jornalistas em Bruxelas após a primeira reunião presencial em quatro meses dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, dada a pandemia, Augusto Santos Silva declarou: "Até acho que ficou com mais condições para realizar o seu trabalho".

Notando que "foi possível que as autoridades venezuelanas não tivessem chegado a transformar a intenção tornada publicada numa decisão", o chefe da diplomacia portuguesa observou que "a embaixadora Isabel Pedrosa nunca chegou a ser declarada 'persona non grata'" na Venezuela.

"E, pelo contrário, houve recuo das autoridades venezuelanas que compreenderam a tempo que criar uma crise diplomática com a UE não adiantaria a ninguém, muito menos adiantaria às operações de natureza humanitária que estão em curso na Venezuela", concluiu Augusto Santos Silva.

Num comunicado conjunto divulgado no início de julho, o Alto Representante da UE para a Política Externa, Josep Borrell, e o ministro para as Relações Externas da Venezuela, Jorge Arreaza, indicaram que tiveram "uma conversa telefónica na qual concordaram na necessidade de manter o quadro das relações diplomáticas, especialmente numa altura em que a cooperação entre ambas as partes pode facilitar os caminhos do diálogo político".

"Como consequência, o Governo venezuelano decidiu deixar sem efeito a decisão tomada em 29 de junho de 2020, através da qual declarou 'persona non grata' a embaixadora Isabel Brilhante Pedrosa, chefe da delegação da UE em Caracas", adiantaram na nota de imprensa publicada na altura.

Esta recente crise diplomática entre a UE e a Venezuela, entretanto sanada, teve início dias antes, quando o regime de Nicolas Maduro decidiu expulsar a representante da UE, Isabel Brilhante Pedrosa, em funções na Venezuela desde fevereiro de 2018, dando-lhe 72 horas para abandonar o país.

A UE condenou de imediato a decisão e advertiu que seriam tomadas medidas de reciprocidade, tendo Borrell exortado as autoridades venezuelanas a revogar a decisão, apontando que a medida só traria um "maior isolamento internacional" de Caracas, que decidiu então agora reconsiderar mesmo a decisão, revogando a ordem de expulsão da diplomata Isabel Brilhante Pedrosa.

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