Infarmed: Reuniões "perderam utilidade". "Deixou de haver aconselhamento"
Marques Mendes defende que as reuniões no Infarmed com epidemiologistas devem regressar em setembro mas num modelo diferente, uma vez que o atual "perdeu utilidade".
© Global Imagens
País Marques Mendes
O comentador da SIC dá razão ao líder do PSD no que toca às reuniões quinzenais no Infarmed cujo fim foi anunciado, pela voz do Presidente da República, na passada quarta-feira. "Acho que Rui Rio teve razão naquilo que disse", afirmou Marques Mendes no habitual espaço de comentário.
Ou seja, para o Conselheiro de Estado, as sessões com epidemiologistas foram, no início, de "uma utilidade extraordinária", mas, entretanto, o modelo esgotou-se.
Na ótica de Marques Mendes, que também assistiu às sessões com os peritos, as reuniões perderam utilidade porque "se juntaram muitos temas, muitos powerpoints, e deixou de haver, sobretudo, aconselhamento, pareceres, propostas ao Governo e ao poder político".
Frisando que o modelo falhou, o comentador ressalvou não estar a apontar a responsabilidade aos epidemiologistas.
Aliás, se fosse Marques Mendes a mandar, sugeriu, as reuniões continuariam em setembro mas num modelo novo. Isto é, uma reunião focada apenas num ou em dois temas, no máximo. O social-democrata defende que as sessões deviam fazer com que os técnicos se "concentrassem na tarefa de aconselhar". E, por fim, no entendimento do comentador, a comunicação social devia assistir às reuniões, podendo inclusive transmiti-las em direto.
Em todo o caso, Marques Mendes quis destacar um aspeto positivo na atuação do primeiro-ministro esta semana. "Deu sinais de mudar um pouco a sua atitude", disse, elogiando o facto de António Costa ter ido para o terreno visitar os concelhos mais afetados da Grande Lisboa.
"Acho que isso é muito positivo, porque é preciso liderança e vontade política. não vale a pena perder muito tempo a criticar as decisões dos outros países lá fora, elas podem ser injustas mas são o que são, temos é de trabalhar para fazer baixar os números. Esta mudança de atitude do primeiro-ministro é um bom sinal", resumiu.
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