Zona da Afurada em Gaia terá lota para venda de pescado

A zona da Afurada, em Vila Nova de Gaia, vai ter uma lota que beneficiará "à partida" cerca de 200 pescadores e "provavelmente" barcos de outras localidades, descreveu hoje a Associação de Pequena Pesca Nacional.

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Lusa
09/07/2020 18:36 ‧ 09/07/2020 por Lusa

País

Afurada

O projeto está orçado em cerca de 214 mil euros, valor financiado a 25% pela Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto, enquanto o restante surge de uma candidatura ao Programa Operacional Mar 2020.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Associação de Pequena Pesca Nacional descreveu este projeto como "muito ansiado pela comunidade piscatória da Afurada" que atualmente tem de se deslocar à lota de Leixões, em Matosinhos, uma lota que António Marques diz estar "muito estrangulada pelo comércio".

"Já tivemos lota na Afurada, mas depois com o programa Polis [instrumento de apoio financeiro a programas de revitalização urbanística custeado pela União Europeia e gerido pelo Governo nacional que gerou obras em várias localidades] deixamos de ter. Isto permitirá que pelo menos os barcos de pequena pesca fiquem na Afurada, o que é fundamental para a sobrevivência do setor e desta comunidade", referiu o Associação de Pequena Pesca Nacional.

António Marques, que é também pescador, atividade que exerce há cerca de 40 anos, apontou para um universo de 25 barcos, num total de 200 pescadores que "à partida" beneficiarão com o investimento, mostrando-se convicto de que barcos de outras localidades venham também a procurar a Afurada para compra e venda de pescado.

"Desde que tudo siga as normas da Docapesca, será uma lota muito bem-vinda e ambicionada. Pescadores de Espinho, Aguda, parte sul de Leixões, Esmoriz, Ovar, poderão também vir a beneficiar", disse o dirigente associativo.

A zona da Afurada, localidade de Gaia conhecidA pela ligação ao mar, cujo pescado mais característico é a sardinha e o carapau, não pôde celebrar, devido à pandemia da covid-19, recentemente da forma tradicional as habituais festas de São Pedro.

A romaria foi substituída por uma procissão com andor em carro dos bombeiros e por uma missa campal e, nessa data, no final de junho, foi anunciado o projeto de lota à comunidade.

"Foi a prenda merecida e que faltava", sintetizou hoje, à Lusa, António Marques.

Já numa publicação no seu 'site' oficial, a Câmara de Gaia descreve que "os pescadores, que há muito ansiavam por esta obra, veem aqui uma oportunidade para dinamizar a sua atividade".

"[Este projeto] eleva a qualificação do nosso porto de Pesca, criando aqui uma lota, que é muito importante para valorizar o trabalho dos pescadores e até para estimular a atividade comercial", referiu o presidente da autarquia, Eduardo Vítor Rodrigues, na sessão de explicação do projeto, conforme é descrito na publicação camarária.

O projeto prevê a execução de dois postos, um de controlo e outro de registo de pescado, assim como de 24 armazéns de aprestos.

A obra deverá ter início este mês, tendo um prazo de execução de quatro meses.

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