João Araújo, advogado de José Sócrates na Operação Marquês, morreu na última noite em casa, confirmou fonte familiar à Renascença. Sofria de cancro, doença publicamente assumida pelo próprio.
O advogado tinha já uma situação de saúde debilitada, estando a ser acompanhado em casa por uma enfermeira.
Polémico, foi condenado em abril do ano passado ao pagamento de multa e de indemnização pelos crimes de difamação agravada e injúria agravada a Tânia Laranjo, do Correio da Manhã e da CMTV.
A jornalista decidiu, em março de 2015, apresentar uma queixa-crime e outra à Ordem dos Advogados contra João Araújo por este se ter dirigido a esta no final da apreciação do pedido de 'habeas corpus' pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ) em que lhe sugeriu que "tomasse mais banho" porque "cheira mal".
João Araújo representou o ex-primeiro-ministro, com Pedro Delille, durante cerca de cinco anos.
Contactada pela agência Lusa, a funerária Servilusa adiantou que o velório de João Araújo se realiza hoje, a partir das 17h30, na Basílica da Estrela, em Lisboa. Na quinta-feira, indicou, haverá uma missa pelas 12h30, estando a cremação prevista para as 14h00 no Cemitério do Alto São João, Lisboa.
José Sócrates "profundamente entristecido"
O antigo primeiro-ministro lamentou a morte do "amigo" e "advogado corajoso" João Araújo, dizendo que a morte deste seu "companheiro leal" o deixa "profundamente entristecido".
"João Araújo foi nos últimos anos um amigo e um companheiro leal que não esquecerei. Ela era um advogado corajoso e com uma profunda dedicação ao Estado de Direito Democrático", declarou José Sócrates à agência Lusa, acrescentando: "A sua morte deixa-me profundamente entristecido".
[Última atualização às 17h03]
