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BE lamenta que Governo "ainda não esteja a preparar" o próximo OE

A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) lamentou hoje que o Governo "ainda não tenha começado a preparar o próximo Orçamento do Estado", defendendo que a crise provocada pela pandemia obriga a encontrar soluções "bem estudadas, bem debatidas".

BE lamenta que Governo "ainda não esteja a preparar" o próximo OE
Notícias ao Minuto

13:36 - 06/07/20 por Lusa

País Catarina Martins

Na visita a uma escola de Lisboa, Catarina Martins foi questionada se têm havido contactos entre o partido e o Governo com vista à preparação do Orçamento do Estado para o próximo ano, respondendo que lamenta que "o Governo ainda não tenha começado a preparar o próximo Orçamento do Estado".

"Achamos que é muito importante fazê-lo porque, naturalmente, estamos numa condição de crise muito complicada, que precisa de opções bem estudadas, bem debatidas, e era importante que esse trabalho se iniciasse mas, como digo, isso é uma responsabilidade do Governo", assinalou.

Confrontada com palavras do presidente do PS, de há duas semanas, que revelou que os socialistas e o Governo estão a dialogar no quadro parlamentar com os seus "parceiros mais privilegiados" BE, PCP, PAN e PEV para obter um compromisso orçamental de médio prazo, a líder bloquista respondeu apenas que "com certeza, Carlos César dirá o que bem entende".

Já sobre o secretário-geral do PS ter defendido no sábado que Portugal precisa de estabilidade e ter criticado "joguinhos políticos" à esquerda e à direita dos socialistas, Catarina Martins salientou que, "nesta legislatura, o Bloco de Esquerda não tem faltado a soluções".

Na abertura da reunião da Comissão Nacional do PS, António Costa afirmou também que o seu partido não aproveitará boas sondagens para abrir uma crise política.

"E julgo que até foi possível à esquerda impor algumas soluções inovadoras de resposta à crise, que ainda bem que avançaram. Ficaram aquém, até agora, do que o país precisa", continuou a coordenadora do BE.

A líder bloquista reiterou que "nesta legislatura fica muito a história das recusas do Partido Socialista", uma vez que "recusou fazer um acordo de maioria parlamentar no pós-eleições, recusou para este Orçamento Suplementar ter uma solução mais estrutural e ficou-se por medidas de emergência".

"Para o Bloco de Esquerda, o que é fundamental é responder ao país, é encontrar condições para defender o emprego, o salário, o trabalho, é encontrar as condições para defender os serviços públicos essenciais, da saúde à educação. E aqui estaremos para essas soluções, agora, não pode o Bloco de Esquerda a responder pelo que têm sido até agora as indisponibilidades do Partido Socialista", realçou.

Catarina Martins insistiu ainda que o partido "cá estará para um caminho que responda pelos direitos do trabalho, pelo emprego, pelo salário, para contrariar a crise, pelo fortalecimento dos serviços públicos essenciais que são tão necessários, queira o Partido Socialista fazer esse caminho, que não foi até agora a sua opção".

Hoje, a líder do Bloco foi também questionada sobre as sessões de esclarecimentos com especialistas sobre a evolução da situação epidemiológica, que decorrem no Infarmed, depois de o presidente do PSD, Rui Rio, ter considerado que "começam a ter pouca utilidade".

"O Bloco de Esquerda e eu pessoalmente participei em todas as reuniões. Há reuniões que tem tido mais utilidade que outras, isso é claro", começou por dizer, salientando depois que "é importante" esta oportunidade para questionar "diretamente as autoridades de saúde e os institutos com responsabilidade sobre a saúde", pelo que o BE não a dispensará.

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