Ministério "atirou um saco de batatas quentes" às direções das escolas
É assim que a Fenprof reage às orientações para a organização do ano letivo 2020/2021, divulgadas esta sexta-feira pelo Ministério da Educação.
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País FENPROF
O calendário escolar apresentado pelo ministro da Educação, esta sexta-feira (3 de julho), e que prevê mais dias de aulas e menos dias de férias, e o alargamento até 30 de junho para os alunos dos 1.º e 2.º ciclo e da educação pré-escolar, é na opinião da Fenprof não "uma batata quente, mas sim um saco de batatas quentes para as direções das escolas e agrupamentos".
"É tardia a divulgação [destas regras]. A organização do ano letivo por parte das escolas teria que ter começado há mais tempo, portanto, as escolas têm agora uma aqui uma tarefa muito exigente que é a de até ao dia 1 de setembro - em que as escolas abrirão para receber os professores, para a realização de exames, e para se organizarem para no dia 14 poderem começar a abrir, as escolas têm aqui uma tarefa tremenda", afirmou Mário Nogueira, reiterando que se confirma "todo o atraso neste processo".
Mais, referiu o secretário-geral em conferência de imprensa, não se entende "em que medida tal decisão" pode ter "influência em matéria curricular".
Apesar de o Ministério da Educação ter hoje acrescentado "algumas informações ao que vinha dizendo nos últimos dias", considera Mário Nogueira que o ministro "não deixa claro quais os limites que serão estabelecidos para que as escolas, no uso da sua autonomia, possam procurar os recursos docentes necessários, reorganizar as turmas com a redução do número de alunos e a manutenção de um adequado distanciamento".
Também não ficou claro, acrescenta a Fenprof, "o reforço ao nível de assistentes operacionais e técnicos que venham colmatar as dificuldades que se adivinham no acompanhamento a alunos com mais dificuldades".
O Ministério da Educação anunciou, esta sexta-feira, que os alunos vão ter mais dias de aulas e menos dias de férias no próximo ano letivo, confirmando que o regresso às escolas será presencial. "Aumentamos o número de dias de aulas do próximo ano, encurtando, por um lado, a pausa letiva da Páscoa e prolongando a duração do ano letivo para os anos de escolaridade que não estão sujeitos a exame", explicou Tiago Brandão Rodrigues.
Na resolução aprovada na quinta-feira pelo Conselho de Ministros, o Governo prevê três cenários de funcionamento das atividades letivas, mediante a evolução da situação epidemiológica: ensino presencial, ensino misto e ensino a distância.
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