Com medo que Valentina contasse alguma coisa, pai "calou-a", pensa mãe

A mãe da criança de 9 anos assassinada em Atouguia da Baleia em maio suspeita que a filha possa ter visto alguma coisa e com medo que Valentina contasse, o pai "calou-a". "O porquê é aquela resposta que ainda me falta", diz Sónia Fonseca.

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© Facebook/Sónia Fonseca

Notícias Ao Minuto
01/07/2020 08:10 ‧ 01/07/2020 por Notícias Ao Minuto

País

Valentina

Sónia Fonseca, mãe da menina assassinada na Atouguia da Baleia (Peniche) em maio deste ano, falou pela primeira vez desde os trágicos acontecimentos em que, primeiro, foi reportado um desaparecimento, confirmando-se depois tratar-se de um homicídio, cujo principal responsável terá sido o pai, Sandro Bernardo.

Em entrevista à SIC, a mãe de Valentina recorda o último dia em que falou com a filha, no dia 3 de maio, precisamente no Dia da Mãe. Criança de 9 anos dissera-lhe que estava tudo bem, recusara a proposta de ir uns dias a casa da mãe e despedira-se desta com um "gosto muito de ti, és uma chata". 

No dia em que soaram os alarmes do desaparecimento de Valentina, a 7 de maio, foi a própria Márcia, atual companheira de Sandro e também implicada no homicídio, quem telefonou à mãe da criança. 

Sónia conta que foi de imediato para Atouguia da Baleia e lá permaneceu durante as buscas e até ao desfecho final. Soube da notícia de que havia sido encontrado o corpo da filha pela televisão. "Disse à minha tia que não, que não era a minha filha que estava ali, que não podia ser, que a minha filha tinha de estar viva", lembra, emocionada. 

A mãe da menina relata ainda que quando Valentina vinha da casa do pai vinha "muito" feliz. "Ainda não estávamos a entrar no carro para irmos para o Bombarral, e ela perguntava-me logo quando é que voltava a ir para casa do pai", conta, acrescentando: "Daí eu confiar nela, daí eu dizer 'sim, tudo bem'". Segundo Sónia, Valentina considerava Márcia uma segunda mãe e entusiasmava-se ao ir para casa do pai e dos "manos". 

Questionada sobre o que terá acontecido para Sandro fazer o que fez à filha, Sónia avança com uma hipótese: "Penso, e não sei, só ela me poderia dizer... Penso que foi alguma coisa que ela viu que se passou dentro de casa e que ele com medo que ela dissesse, calou-a. O porquê é aquela resposta que ainda me falta". 

A mãe de Valentina diz ainda que nunca viu nenhum sinal de que Valentina fosse agredida pelo pai nem esta lhe contara alguma vez tal coisa. "Nunca vi nada de anormal naquela menina que me levasse a suspeitar que ele fizesse o que fizesse à minha filha", conta.

O pai e a madrasta de Valentina encontram-se ambos em prisão preventiva, depois de serem detidos no dia em que o corpo fora encontrado a seis quilómetros de casa, numa zona de floresta, ao fim de quatro dias de buscas. Estão os dois indiciados do crime de homicídio e de profanação de cadáver. 

 

 

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