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Educação. Sindicatos mais certos sobre regresso do ensino presencial

Sindicatos que se reuniram hoje com o Ministério da Educação dizem que a tutela manifestou vontade de retomar em pleno as atividades letivas presenciais em setembro, mas não respondeu sobre reforço de docentes.

Educação. Sindicatos mais certos sobre regresso do ensino presencial
Notícias ao Minuto

15:23 - 25/06/20 por Lusa

País Educação

"O Governo reconhece que é fundamental o ensino presencial, reconhece que é necessário ter mais recursos humanos para as escolas, mas quando perguntamos em que condições é que esse reforço será feito não houve o esclarecimento que gostaríamos de ouvir", disse à Lusa o Sindicato de Todos os Professores (Stop), André Pestana.

Também a presidente do Sindicato Independente de Professores e Educadores (SIPE) lamentou a falta de respostas sobre a forma como a tutela vai responder a esta questão, referindo a necessidade de reforçar o financiamento das escolas.

"Como é que vão fazer o reforço das aprendizagens e garantir o desdobramento de turmas, que obriga necessariamente à contratação de profissionais, se no orçamento suplementar não há mais um cêntimo para a Educação?", questionou Júlia Azevedo.

Os dois líderes sindicais elogiaram, no entanto, a posição transmitida pelos representantes do Ministério da Educação, que concordaram com o regresso de professores e alunos às escolas, a partir de setembro

Segundo André Pestana, do Stop, os secretários de Estado "deram a ideia" de que o próximo ano letivo deve arrancar entre 14 e 17 de setembro com a retoma em pleno das atividades letivas presenciais.

"Será ensino presencial na totalidade, mas caso sejam identificados casos positivos [de infeção pelo novo coronavírus] cada escola, em articulação com as autoridades de saúde, irá analisar se se justifica ou não o encerramento e o regresso temporário ao ensino à distância", explicou o presidente do Stop.

O Sindicato Nacional dos Profissionais da Educação (Sinape), que também participou na reunião, transmitiu igualmente à tutela a preocupação em retomar um ensino essencialmente presencial, alertando, no entanto, para a necessidade de criar condições para que isso aconteça de forma segura.

Em comunicado, o SINAPE afirma que propôs a diminuição do número de alunos por turma, conforme as condições das salas de aulas, o desfasamento de horários e o reforço das equipas de assistentes operacionais.

De acordo com os líderes do Stop e do SIPE, a tutela não adiantou muito mais sobre o funcionamento do próximo ano e Júlia Azevedo afirmou ainda que não foi demonstrada disponibilidade para negociar o despacho normativo de Organização do Ano Letivo, designadamente no que respeita ao crédito horário.

Também André Pestana, do Stop, lamentou que a tutela tenha reconhecido o esforço dos docentes durante os últimos três meses, sem responder, no entanto, se estão a ser pensadas medidas para minorar "a exaustão da classe docente".

O Ministério da Educação, representado pela secretária de Estado, Susana Amador, e pelo secretário de Estado Adjunto, João Costa, reservou o dia de hoje para ouvir os representantes dos professores, dedicando a manhã aos sindicatos independentes.

Da parte da tarde, a tutela vai receber a Federação Nacional da Educação (FNE) e a Federação Nacional de Professores (Fenprof).

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