PCP lança candidatura presidencial "lá para setembro"
O líder do PCP acusou hoje o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa de estar a tentar criar condições para um governo de bloco central e anunciou que os comunistas lançam o seu candidato a Belém "lá para setembro".
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Política PCP
Em entrevista à TSF, Jerónimo de Sousa não revelou quem poderá ser o candidato e sorriu à pergunta sobre se poderia voltar a concorrer às eleições presidenciais, como aconteceu em 2006, e admitiu que essa é uma decisão que vai além da sua opinião.
"Não decidimos por nós próprios, tenho naturalmente a minha opinião, mas sempre valeu mais a opinião dos meus camaradas. Encontraremos a solução que melhor serve o partido", afirmou.
Sem dizer quem poderá ser o escolhido, o secretário-geral dos comunistas traçou objetivos para a candidatura, elogiou e criticou Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente desde 2016.
A candidatura a apoiar pelo PCP deve ser "capaz de afirmar o projeto" do PCP para Portugal "quanto à Presidência da República, afirmar a defesa da Constituição, da democracia".
Olhando para os quase cinco anos de mandato de Marcelo Rebelo de Sousa, Jerónimo admitiu não ser possível que o Presidente "não cumpriu nem fez cumprir CRP", mas criticou-o no plano político.
Jerónimo de Sousa deteta em Marcelo um "esforço de convergência", uma tentativa de "criar condições para o branqueamento do PSD" e tem "uma conceção talvez de bloco central como solução governativa".
Em maio, durante uma visita à Volkswagen Autoeuropa, o primeiro-ministro, António Costa, disse esperar regressar àquela fábrica com o atual Presidente da República já num segundo mandato de Marcelo Rebelo de Sousa, contando, portanto, com a sua recandidatura e reeleição.
Eleito nas presidenciais de 24 de janeiro de 2016 e em funções desde 09 de março desse ano, Marcelo Rebelo de Sousa entrou no seu último ano de mandato com a recandidatura em aberto e entretanto tinha remetido uma decisão "lá para novembro".
Sobre o congresso de novembro, voltou a ser questionado sobre se vai sair após 16 anos na liderança do partido, mas Jerónimo de Sousa insistiu na resposta que tem dado nos últimos meses: "A questão do secretário-geral no congresso não vai ser um problema."
Aos 73 anos, o deputado à constituinte e ex-operário metalúrgico admitiu que este é "uma tarefa muito exigente", que a "idade pesa", embora diga que se sente "muito bem de saúde", e admitiu, igualmente, que é muito importante "a opinião" dos seus camaradas.
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