"Teremos vigilância balnear móvel nos dias de grande afluência e de condições meteorológicas que convidem a ida à praia, antes e depois do período de época balnear", lê-se numa resposta enviada à agência Lusa pela autarquia de Vila Nova de Gaia, distrito do Porto.

Na quinta-feira foi noticiado que a época balnear vai decorrer este ano entre 27 de junho e 30 de agosto nas praias costeiras da região Norte, quando em 2019 sucedeu entre 15 de junho e 15 de setembro.

O diploma publicado em Diário da República, assinado pelo secretário de Estado Adjunto e da Defesa Nacional, Jorge Seguro Sanches, e pela secretária de Estado do Ambiente, Inês dos Santos Costa, procede, para o ano de 2020, à "identificação das águas balneares costeiras e de transição e das águas balneares interiores, fixando as respetivas épocas balneares" no continente e nas regiões autónomas.

Na região Norte, a época balnear vai começar em 27 de junho, 12 dias depois em relação ao ano passado, e terminar em 30 de agosto, 16 dias antes do que em 2019. A única diferença prende-se com três praias do concelho de Viana do Castelo, que no ano passado tiveram datas diferentes: Arda/Bico (01 de junho a 30 de setembro), Cabedelo (01 de maio a 15 de outubro) e Carreço (01 de junho a 15 de setembro).

Questionada sobre esta diferença de datas, a Câmara de Vila Nova de Gaia, concelho com 15 quilómetros de orla marítima e vários areinhos, explicou que "este ano, devido à pandemia covid-19, houve uma coordenação em todas as regiões de forma a fixar a data de abertura que, em termos nacionais, também abre mais tarde [neste caso por exemplo a 06 de junho no Algarve], tendo a decisão sido tomada para gerir da melhor forma possível a vigilância balnear, bem como os interesses de todos os intervenientes, nomeadamente os concessionários de praia".

"Todas as câmaras foram consultadas e a decisão foi por unanimidade. Várias reuniões foram realizadas entre os municípios, APA [Agência Portuguesa do Ambiente], AMN [Autoridade Marítima Nacional] e Ministério do Ambiente. A preocupação é a normal relativamente à pandemia uma vez que os restaurantes já estão abertos com as regras da restauração, ou seja, a abertura da época balnear não impede a abertura de restaurantes de praia. A diferença é que este ano não se registam as habituais colónias balneares. Esta decisão foi uma decisão concertada", descreveu a autarquia de maioria PS.

Já a 18 de maio, no final de uma reunião de câmara e em resposta à agência Lusa, o presidente da Câmara de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, tinha avançados que ia colocar 60 jovens como "assistentes de praia" a fazer sensibilização sobre as medidas de prevenção covid-19 nas zonas marítima e fluvial do concelho.

"Farão sensibilização e podem ajudar a controlar algumas atividades como jogos no areal ou ajuntamentos. E isto tanto nas praias como nos areinhos, porque se fala muito das praias, mas tenho a certeza que os areinhos serão muito procurados e concorridos, ou para fugir às praias, por uma sensação de maior segurança de ajuntamentos, ou porque o transporte público de acesso à praia poderá ser encarado com ansiedade e não tão procurado", disse o autarca.

Os "assistentes de praia" de Gaia serão "jovens" e vão ter formação, sendo pagos pelo modelo de "bolsa de verão".

Portugal contabiliza pelo menos 1.465 mortos associados à covid-19 em 33.969 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje.

O concelho de Espinho, também de acordo com o boletim epidemiológico divulgado hoje, regista 1.580 casos de infeção pelo novo coronavírus.

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