Autarca de Chaves considera positiva decisão de reabrir fronteiras
O presidente da Câmara de Chaves, Nuno Vaz, considerou hoje "positiva" a decisão do Governo espanhol em reabrir as fronteiras com Portugal a 22 de junho, acreditando que o Governo português vai tomar uma "posição consentânea".
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País Covid-19
"Esta decisão é duplamente positiva. Por um lado, porque é a tradução que a evolução de saúde pública vai no caminho certo e que a pandemia está a ser vencida nos dois países", adiantou à agência Lusa o autarca de Chaves, no distrito de Vila Real, localidade que faz fronteira com Verín, na Galiza.
Espanha vai levantar as restrições à entrada de pessoas nas fronteiras com Portugal a partir de 22 de junho, anunciou hoje a ministra da Indústria, Comércio e Turismo espanhola, Reyes Maroto.
"No caso de França e de Portugal, quero confirmar que a partir de 22 de junho as restrições à mobilidade terrestre serão eliminadas", disse a ministra, num encontro com a imprensa internacional, acrescentando que, "em princípio, as quarentenas serão eliminadas".
O ministro dos Negócios Estrangeiros português manifestou-se hoje "surpreendido" com o anúncio por Espanha de uma reabertura da fronteira comum a 22 de junho e sublinhou que quem decide sobre a reabertura da fronteira portuguesa "é naturalmente Portugal".
"Fomos surpreendidos com estas declarações da ministra responsável pelo Turismo [de Espanha], que 'anuncia' a reabertura da fronteira entre Portugal e Espanha para o próximo dia 22 de junho", disse Augusto Santos Silva à Lusa, frisando que o anúncio "não se inscreve" no quadro de "cooperação estreita" entre os dois Governos para a gestão da fronteira comum.
Nuno Vaz, que é também o presidente da Eurocidade Chaves-Verín, disse ainda acreditar que esta decisão anunciada hoje pelo Governo de Espanha será "acompanhada pelo lado português" e que o Governo, liderado por António Costa, vai "tomar uma posição consentânea".
"Não existirão razões para que não se tome uma decisão de idêntica natureza, não seria compreensível e ninguém aceitaria que do lado espanhol não há problemas para uma reabertura e que da parte de Portugal [a decisão] fosse em sentido inverso", sublinhou.
Para o responsável pela Eurocidade Chaves-Verín, a pandemia de covid-19 teve "efeitos devastadores ao nível do turismo, comércio e de todas as dinâmicas que existem entre os territórios de fronteira".
"[As reaberturas das fronteiras] Vão permitir uma retoma progressiva de relações de proximidade, comerciais, económicas, turísticas e até afetivas", vincou.
O controlo das fronteiras terrestres com Espanha está a ser feito desde as 23:00 do dia 16 de março em nove pontos de passagem autorizada devido à pandemia de covid-19.
Em 15 de maio, o presidente da Câmara de Chaves defendeu a livre circulação de pessoas dentro da eurocidade Chaves-Verín como forma de reduzir o impacto económico negativo da pandemia e a realização de um "caso de estudo", percebendo os efeitos do desconfinamento.
Os autarcas das sete eurocidades ibéricas apelaram, em 14 de maio, através de um manifesto conjunto, para a necessidade de restaurar a liberdade de circulação nestas regiões que estão a ser afetadas pelo encerramento da fronteira terrestre devido à pandemia.
O texto conjunto resultou da realização de fórum 'online' convocado e organizado pelo Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial (AECT) Eurocidade Chaves-Verín, que decorreu em 05 de maio.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 382 mil mortos e infetou mais de 6,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Em Portugal, morreram 1.447 pessoas das 33.261 confirmadas como infetadas, e há 20.079 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
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