Mais de 100 trabalhadores de conserveira em Peniche aguardam resultados
Mais de 100 trabalhadores da fábrica de conservas ESIP, de Peniche, já fizeram o teste à covid-19 e aguardam pelo diagnóstico, referiu hoje a empresa, depois de ter surgido um caso positivo.
© Reuters
País Covid-19
"Desde terça-feira já foram testados mais do que 100 trabalhadores, que estão a aguardar os resultados" aos testes, disse à agência Lusa John Merva, diretor da comunicação para a Europa da multinacional tailandesa Thai Union, a que pertence a conserveira European Seafood Investiment Portugal (ESIP), no distrito de Leiria.
Os testes aos restantes trabalhadores estão a decorrer.
Na segunda-feira, a empresa "recebeu a confirmação de que um trabalhador testou positivo à covid-19", depois de na quarta-feira da semana passada ter apresentado sintomas.
O operário encontra-se em casa em isolamento profilático e não apresenta sintomas graves ou corre perigo de vida.
Em resultado, a conserveira, o maior empregador do concelho de Peniche, "enviou para casa cerca de 200 trabalhadores".
Empresa e autoridades de saúde decidiram testar as duas centenas de trabalhadores, dos 850 que a fábrica possui, e esses profissionais estão em quarentena em casa, sem apresentarem sintomas.
O responsável explicou que, desde o início da pandemia, no âmbito do plano de contingência, a unidade "separou turnos e áreas", o que permitiu confinar o eventual foco de contaminação apenas aos trabalhadores que "estiveram em contacto com o profissional infetado".
Por isso, os restantes "não precisam de estar em isolamento ou serem submetidos a testes".
Desde que foi detetado o caso positivo, a conserveira desinfetou áreas que foram usadas por esse trabalhador, incluindo salas de descanso, vestiários e áreas laborais.
Dentro do seu plano de contingência, a conserveira já tinha adotado a medição de temperatura à entrada de cada turno, o uso de equipamentos de proteção individual, a higienização regular das mãos e o reforço da limpeza.
Em Portugal, morreram 1.369 pessoas das 31.596 confirmadas como infetadas, e há 18.637 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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