Assinala-se esta quarta-feira, dia 20 de maio, o Dia Europeu do Melanoma e, para assinalar a data, o IPO Porto lançou a campanha de prevenção 'A saudade sente-se na pele', que pretende reforçar a sensibilização.

A pandemia de Covid-19 impede que a instituição de saúde do Norte do país receba a população para o habitual rastreio nesta data. Mas o IPO Porto não quis, ainda assim, baixar os braços e optou por lançar esta ação de sensibilização.

"Saudades dos abraços? Saudades dos beijos? Saudades do 'Dá cá mais cinco'? Saudades do 'Riqueza da avó'?", pergunta o IPO, em comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso. Matilde Ribeiro, coordenadora da Clínica da Pele do IPO do Porto, explica que não há "nada como demonstrar a importância da pele nas nossas relações sociais, ou na falta delas, para sensibilizar a população nesta fase para a importância dos cuidados a ter com a pele". 

Estar em casa, continua a especialista, "pode atenuar os riscos de [contrair cancro cutâneo], mas não os faz desaparecer. Se detetar algum sinal de alarme, de forma segura, procure o seu médico assistente para fazer o rastreio adequado".

E nunca é demais lembrar que deve evitar "exposições solares desnecessárias entre as 11h00 e as 17h00, usar vestuário de proteção, em especial chapéu e óculos de sol, aplicar sempre protetor solar e fazer o auto-exame na sua pele".

Se perceber, durante este auto-exame, que tem alguma lesão nova ou identificar "uma ferida que não cicatriza há dois meses ou um sinal que se tenha modificado, procure o seu médico assistente". Para além de deixar estas medidas de prevenção, a Clínica da Pele do IPO do Porto lembra ainda que a pele memoriza as agressões do sol ao longo da vida.

Ora, "o excesso de exposição solar e, sobretudo, os escaldões aumentam o risco de aparecimento de cancro cutâneo. O diagnóstico precoce e a prevenção com início em idade jovem são fundamentais para a cura neste tipo de cancro".

Saliente-se ainda que, anualmente, Clínica da Pele recebe mais de oito mil doentes e os dados mais recentes a nível nacional, e que dizem respeito a 2018, indicam uma incidência de melanoma em 13 casos/100.000 habitantes.

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