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Praias cheias? "Continuamos a confiar na consciência dos portugueses"

A habitual conferência da Direção-Geral da Saúde sobre a evolução da pandemia no país contou, esta segunda-feira, com a presença do presidente do Infarmed, Rui Santos Ivo.

Praias cheias? "Continuamos a confiar na consciência dos portugueses"
Notícias ao Minuto

12:56 - 18/05/20 por Notícias Ao Minuto

País Covid-19

Já terminou a conferência de imprensa diária de atualização de informação relativa à infeção pelo novo coronavírus (Covid-19) que hoje, além das já habituais presenças da diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, e do secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, contou também com o presidente do Infarmed, Rui Santos Ivo.

De referir que de acordo com o boletim epidemiológico da DGS, divulgado minutos antes da conferência, Portugal registou mais 13 mortos  e 137 infetados, nas últimas 24 horas, mas também um animador número de recuperados: um total de 6.430 casos curados (mais 1.794 em relação a ontem e a maior subida desde o início da pandemia no país).

O briefing diário começou com Lacerda Sales a salientar que, apesar de 22% das pessoas diagnosticadas com o novo coronavírus em Portugal terem sido dadas como curadas,  "continuamos todos a ser agentes de saúde pública, por isso, não podemos relaxar, nem esmorecer" nas medidas das autoridades da saúde para evitar a propagação da pandemia da Covid-19. 

De seguida o secretário de Estado da Saúde anunciou que “há, neste momento, seis empresas certificadas” para acreditação de material", mas o IPAC está a trabalhar para aumentar este número e, para explicar melhor esta situação, Lacerda Sales passou a palavra ao presidente do Infarmed.

Infarmed ou ASAE verificam "se máscaras podem entrar no país"

Durante sua intervenção, Rui Santos Ivo destacou que "precisamos de máscaras com máxima performance para os profissionais de saúde. Máscaras de nível 2 para as forças de segurança. E máscaras de nível 3, as chamadas máscaras sociais, para a restante população".

Sobre as máscaras à venda em Portugal, o responsável do Infarmed disse que cabe não só à Autoridade Nacional do Medicamento, como também à ASAE clarificar "se máscaras podem entrar no nosso país e se podem ser comercializadas", pois, frisou, a principal preocupação é que os equipamentos usados “disponham de garantias de segurança e de desempenho”.

Rui Santos Ivo falou ainda de uma "reserva estratégica de produtos" que "teve um papel decisivo no serviço nacional de saúde" e cujas compras, esclareceu,  "são feitas através das central do centro nacional de saúde". "Temos vistos que as empresas nacionais têm tido mais capacidade, serão elas que serão as fornecedoras das nossas necessidades” para o futuro, adiantou.

"Doentes recuperados? Estatística não está trabalhada"

Já a fase das perguntas, Graça Freitas admitiu que, neste momento, ainda não é possível ter dados sobre os doentes recuperados.

"Quem são doentes recuperados? Está na altura de melhorar a informação. A instituições estão a reportar mais, mas a estatística não está trabalhada. Toda a informação sobre a epidemia só se conseguirá saber no final da epidemia. Qual o tempo de recuperação de cada pessoa e outros dados ainda não estão disponíveis", explicou.

Praias cheias? "Acreditamos na consciência do povo português"

Já questionado sobre a possibilidade de as autoridades da saúde terem de adequar algumas medidas, depois de as praias se terem enchido, este fim de semana, de portugueses que não quiseram deixar de aproveitar o bom tempo, Lacerda Sales salientou que o Governo continua a acreditar na "consciência" social.

"Continuamos a confiar naquilo que é a consciência social e o civismo do povo português [...]. Acreditamos nos valores do nosso povo e assim vamos continuar, sempre na observância daquilo que será o dinamismo do surto”, afirmou.

Contudo, numa intervenção feita alguns minutos depois, Graça Freitas sublinhou que “relativamente aos ajuntamentos, não se devem verificar, ponto. Com ou sem máscaras”, acrescentando que "o distanciamento físico é a principal medida para evitar a propagação do vírus”.

Questionados sobre a possibilidade do aumento de casos de Covid-19 no Algarve, durante o verão, António Sales reiterou que o Governo acredita no “civismo e a consciência social” dos algarvios, assim como "do resto do país”, “mesmo numa época sazonal, acreditamos que não haverá grandes problemas em relação a essa matéria.”

Já Graça Freitas lembrou que o Algarve foi uma das regiões do país com “situação epidemiológica relativamente favorável” e sublinhou que “esse é um ganho que não se pode perder. "Acho mais prudente não aligeirar [o descofinamento]. Quem visita o Algarve ou vive no Algarve deve evitar ao máximo os contágios, alertou.

Abertura dos centros de dia ainda não esta prevista

Relativamente aos centros de dia, Graça Freitas admitiu que ainda não está prevista a sua abertura. “Temos falado muito em separação de circuitos, mas pode não haver pessoal suficiente” ou devidamente preparado, esclareceu.

Acompanhe em direto a conferência:

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