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BE questiona Governo sobre deposição de resíduos oriundos de Itália

O Bloco de Esquerda (BE) questionou hoje o Governo sobre a deposição num aterro de Lousada de resíduos industriais provenientes de Itália, nomeadamente quanto à data desde a qual decorre a operação e as suas quantidades.

BE questiona Governo sobre deposição de resíduos oriundos de Itália
Notícias ao Minuto

20:09 - 11/05/20 por Lusa

País Lousada

Através de requerimento parlamentar, o BE que saber se os resíduos provenientes de Itália para o aterro de Sobrado (Valongo) "são canalizados agora para o aterro de Lustosa" (Lousada) e se, caso tal não ocorra, "para onde estão a ser canalizados esses resíduos".

Aquele partido pede também à tutela que disponibilize os relatórios ambientais anuais, de 2018 e 2019, dos dois aterros, assim como "a quantidade e tipologia de resíduos importados a partir do Porto de Leixões, no ano de 2019".

Na passada terça-feira, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) confirmou à Lusa estar em curso a deposição, num aterro de Lousada, de "resíduos não perigosos" provenientes de Itália, operação aprovada por aquele organismo.

A APA acrescentava que "a unidade está autorizada a receber resíduos de Itália, no contexto dos processos de notificação referidos, e que esses movimentos são devidamente comunicados".

"São resíduos não perigosos provenientes tanto da indústria, da recolha urbana, que já sofreram tratamento, sendo que estes últimos são equivalentes aos resíduos produzidos nas nossas casas", informa a APA.

Na sexta-feira, a Câmara de Lousada, no distrito do Porto, avisou que poderá interpor uma providência cautelar para impedir a deposição de resíduos oriundos de Itália, se a situação persistir.

"Se o problema não ficar resolvido nos próximos dias, a câmara municipal vai recorrer a todos os meios legais ao seu dispor para obstar a que esses resíduos continuem a ser depositados no aterro da RIMA [empresa gestora do aterro e Lousada], nomeadamente através da propositura de uma providência cautelar, sem prejuízo de outras formas de luta", lia-se num comunicado enviado à Lusa, assinado pelo presidente, Pedro Machado.

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