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Acusada de tentativa de homicídio mãe que deixou bebé no lixo

Caso remonta a novembro do ano passado. O bebé foi encontrado por um sem-abrigo e encaminhado para uma unidade hospitalar, onde veio a recuperar. O Ministério Público acusa agora a mulher cabo-verdiana de tentativa de homicídio qualificado.

Acusada de tentativa de homicídio mãe que deixou bebé no lixo
Notícias ao Minuto

16:24 - 08/05/20 por Filipa Matias Pereira

País Homicídio

A mãe que colocou o filho recém-nascido no interior de um ecoponto junto imediações da discoteca 'Lux Frágil', em Lisboa, em novembro do ano passado, foi formalmente acusada pelo Ministério Público de tentativa de homicídio qualificado. 

Numa nota partilhada no site da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa pode ler-se que "ficou suficientemente indiciado" que Sara, a mãe do bebé, "grávida de 36 semanas, e em trabalho de parto, na madrugada de 4 de novembro de 2019, se deslocou junto às imediações da discoteca 'Lux Frágil' onde deu à luz um bebé do sexo masculino".

Depois de dar à luz, defende a acusação que a arguida "colocou o recém-nascido dentro de um saco plástico, juntamente com os demais tecidos expelidos no momento do parto e colocou-o no interior de um ecoponto amarelo, abandonando, de seguida, o local". 

Sara "ocultou sempre a sua gravidez" e, pode ainda ler-se, "decidiu ter o seu filho sem qualquer assistência hospitalar e sem dar conhecimento a ninguém, sempre com o intuito de lhe tirar a vida imediatamente após o seu nascimento, escondendo de todos o que tinha feito".

A morte do recém-nascido só foi evitada "por mera casualidade e intervenção de terceiros que o encontraram e lhe prestaram os cuidados de saúde de que carecia para viver". Recorde-se que o bebé foi encontrado por um sem-abrigo, que ouviu o seu choro. 

A jovem sem-abrigo de 22 anos foi detida pela Polícia Judiciária, a 8 de novembro, e está em prisão preventiva. Defende agora o Ministério Público que a arguida deve continuar sujeita à medida de coação. Não se tratando de um caso de especial complexidade, teria de ser libertada ao fim de seis meses caso não fosse deduzida acusação. Esse prazo terminava hoje.

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